Reajuste de 9,09% no valor da tarifa do transporte coletivo divide opiniões. Parte dos uberabenses reprova a medida que determina aumento de R$ 0,20 no valor cobrado atualmente
Reajuste de 9,09% no valor da tarifa do transporte coletivo divide opiniões. Parte dos uberabenses reprova a medida que determina aumento de R$ 0,20 no valor cobrado atualmente. Em contrapartida, alguns usuários não se importam em gastar mais pelo serviço. Quem desembolsava o equivalente a R$ 66,00 por mês com o transporte passará a pagar R$ 72,00.
Depois da notícia do aumento confirmada pela Secretaria Municipal de Planejamento, a Associação dos Usuários de Transportes Coletivos Urbanos, Rodoviários, Ferroviários, Táxis, Mototáxis e Aéreos de Uberaba (Acobe) reagiu à decisão, publicando manifesto de repúdio à ação.
Segundo o presidente da Acobe, José Tiago de Castro, estudantes, associações em geral, sindicatos, entidades de classes e vereadores estão sendo convocados a levar o assunto adiante.
O valor da passagem, que saltou de R$ 2,20 para R$ 2,40, passará a ser cobrado a partir do dia 10 de janeiro, mas os reflexos negativos dessa mudança ultrapassam as rodas de conversas e pontos de ônibus.
José Tiago ressaltou que o valor verificado é muito acima da inflação e do aumento do salário mínimo. De acordo com o manifestante, 29% da população de Uberaba paga em dinheiro pelo serviço, o que somado aos mais de um milhão e novecentos mil movimentos de catracas deflagram a necessidade de melhorias no setor.
O líder da Associação problematizou, além da deficiência na integração, a escassez de linhas que atuam 24 horas, ultrapassando o horário limite da 0h30.
Em entrevista ao programa Ronda da Cidade, da Rádio JM na tarde de ontem, José Tiago sugeriu a criação de oito miniterminais para serviços mistos, contemplando micro-ônibus e corredores. “O resultado seria mais acesso às ruas; o usuário integraria pagando uma única passagem, e, com a utilização de corredores, o número de 130 ônibus, que encarece o transporte, reduziria para 40; o valor da tarifa cairia e teríamos mais segurança e comodidade”, observou.
Reforçando a opinião contrária ao reajuste, o representante da Acobe fez críticas à administração, que, segundo ele, fez uma promessa, trazendo o urbanista Jaime Lerner. “Estão comprando um projeto de grife que não adequado para nós e Uberaba precisa de um projeto funcional”, concluiu.