Atividade física melhora o humor e previne dores, mas exige atenção após os 60

A prática de atividades físicas tem ganhado cada vez mais espaço entre pessoas idosas, que buscam mais disposição, autonomia e qualidade de vida. Caminhadas, aulas de ginástica e pedais em grupo se tornaram hábitos frequentes, especialmente entre quem deseja envelhecer de forma ativa. No entanto, o ortopedista Constantino Calapodópulos faz um alerta: mesmo com todos os benefícios, é preciso cuidado ao iniciar os exercícios nessa fase da vida.   

O médico destacou que muitas pessoas começam a praticar atividades físicas sem avaliação adequada, o que pode resultar em dores e lesões. “Tem muita gente que começa sem preparo. A pessoa precisa saber o que pode e o que não pode fazer, respeitar os limites do corpo e se orientar com um profissional”, enfatizou.   

Segundo ele, a escolha da atividade correta faz toda diferença. Modalidades de baixo impacto, como caminhada, bicicleta e hidroginástica, são mais indicadas para quem está retomando o movimento após anos de sedentarismo. “A bicicleta é excelente, porque é um exercício de movimento contínuo, sem impacto direto sobre as articulações”, explicou.   

Constantino ressaltou ainda a importância do aquecimento antes das atividades. “Muita gente não aquece e acaba sentindo dor, principalmente em quem tem algum desgaste nas articulações. O aquecimento ajuda a preparar músculos e tendões e a reduzir o risco de lesões”, orientou.   

O ortopedista reforçou que o exercício físico, quando bem orientado, é um grande aliado da longevidade e da saúde mental. Ele destacou que a movimentação regular contribui para o bom funcionamento do cérebro, melhora o humor e pode até ajudar em condições de dor crônica, como a fibromialgia, ao estimular neurotransmissores ligados ao bem-estar.  

“Na terceira idade, o exercício é fundamental, mas deve ser feito com responsabilidade. A atividade física melhora o metabolismo cerebral, ajuda a diminuir dores e mantém a pessoa ativa”, concluiu.