Processo burocrático entre Secretaria Municipal de Saúde e Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (Funepu) pode impedir que uma dona-de-casa de 57 anos receba medicamento fundamental para o controle de problema respiratório, que poderá levá-la à morte.
De acordo com o operador de áudio Marcelo Veloso, filho de Terezinha Fernandes de Oliveira, o problema da mãe agravou-se há aproximadamente três meses, quando uma crise de asma fez com fosse encaminhada, às pressas, ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). “Ficou internada e em coma durante uma semana, depois da qual o médico que a atendia disse que precisaria iniciar o tratamento com o Spiriva Respirat imediatamente”, relata. “Está escrito na receita que se ela não tomar o remédio, corre risco de vir a óbito”, completa.
Segundo Marcelo, no entanto, o transtorno começou logo pelo preço do medicamento, de R$ 370, pouco menos do que os R$ 550 que a aposentada ganha mensalmente. “Sendo assim, o médico mandou que a gente procurasse a Secretaria e assim fizemos, mas quando retornamos com o formulário de cadastro para que ele confirmasse a solicitação, recusou-se a preencher alguns campos no documento. Por causa disso, a SMS negou o cadastro e minha mãe está correndo risco de vida, sem nem sabermos os motivos corretos”, desabafa.
Na Funepu, nenhum responsável que pudesse responder sobre os motivos que levaram ao não preenchimento total do formulário ou quais campos foram suprimidos foi localizado.
Já a Secretaria Municipal de Saúde, em resposta, afirmou que o cadastro para a aquisição de medicamentos só é concluído caso esse procedimento seja realizado integralmente. Segundo informações da assessoria, mesmo que não haja competência legal ou razões válidas para o preenchimento de algum campo, a justificativa deve ser informada no espaço destinado à sua resposta no documento.