O Dia do Cabeleireiro foi celebrado ontem em todo o Brasil. Mas, de acordo com João Barbosa de Siqueira Filho, presidente do Sindicato de Institutos de Beleza, Salões de Cabeleireiro e Profissionais Autônomos do Triângulo Mineiro, a categoria não tem nada a comemorar. Em levantamento realizado há, aproximadamente, um mês pelo sindicato, constatou-se que dos 2.237 profissionais do setor que atuam em Uberaba, mais de 700 trabalham na informalidade. “É o nosso maior problema, porque a prática de trabalhar sem recolher impostos, previdência e alvará de funcionamento enfraquece todo setor”, afirma. Segundo João, a falta de registro desses profissionais e estabelecimentos dificulta outro trabalho fundamental para o desenvolvimento da categoria: a fiscalização. “A Vigilância Sanitária tem apenas um fiscal para detectar esses locais que funcionam informalmente. Aí fica difícil!”, declara. Para o sindicalista, sem fiscalização, esses profissionais tornam-se mais propensos a cometer erros e atuar na venda de produtos ilegais, “como os alisantes profissionais, por exemplo, que são comercializados indiscriminadamente. Se acontecer algum incidente devido à sua má utilização, não só o salão que os vendeu, mas todos os estabelecimentos do setor sairão prejudicados”, completa. Projeto de lei que visa à regulamentação da profissão de cabeleireiro já foi aprovado pelas comissões de Educação e Assuntos Sociais da Câmara e a expectativa é de que, na segunda-feira, 9, seja incluído na lista de votação do Senado. “Mais de 50 entidades nacionais estão unidas na mobilização para a aprovação do projeto, que, sem dúvida, vai ajudar muito a minimizar a desvalorização da classe”, finaliza João.