O dia que a pandemia parou as rotativas do JM

Pela primeira vez, após quase 48 anos de circulação, a versão impressa do Jornal da Manhã foi suspensa no dia 24 de março de 2020, em virtude da pandemia de Covid-19. Paralisação esta que durou apenas 15 dias, em virtude dos apelos de leitores que clamavam pelo retorno do diário impresso. Talvez um dos momentos mais difíceis vividos pela comunicação no mundo, a pandemia mudou paradigmas e exigiu adequações.

O Jornal da Manhã conseguiu adaptar rapidamente seu modelo de operação, combinando segurança presencial com expansão digital. O engajamento em prestação de serviço via múltiplas plataformas e a cobertura de temas emergentes, como o combate às fake News, evidenciam seu compromisso com a comunidade local. Embora desafios tenham sido expostos, o jornal continuou exercendo seu papel de monitor de interesse público.

Ao retomar a circulação da versão impressa, no dia 9 de abril de 2020, o Jornal da Manhã adotou edição mais enxuta, com jornalistas trabalhando em home office e realizando reportagens exclusivamente pelo telefone. Toda a rotina, da redação, da parte administrativa e da gráfica foi alterada no sentido de se evitar o contágio de colaboradores, leitores e clientes.

Ao mesmo tempo, se fortaleceu o formato digital. De forma continua, o conteúdo do Jornal da Manhã seguia pelo site JM Online e pelas redes sociais – Facebook e Instagram. Neste momento, a atuação da Rádio JM foi de grande importância com boletins informativos e prestação de serviço intensificada. Foram criados programas opinativos e de entrevistas, como o Pingo do J, que ao longo da pandemia focou na divulgação de dados e procedimentos a serem adotados pela população pra o enfrentamento da doença. A comunicação via WhatsApp também foi implementada, permitindo envio de atualizações informativas diretamente pelo aplicativo JM Online.

Em todas as suas plataformas de divulgação, o Jornal da Manhã adotou atuação proativa com a divulgação de boletins epidemiológicos diariamente, com o acompanhamento das ações do Comitê de enfrentamento criado no município, além de reportagens especiais com especialistas a respeito da doença. Os locais de vacinação foram amplamente divulgados, assim como o acompanhamento do processo de imunização, inclusive com denúncias de favorecimentos, garantindo que todos os cidadãos tivessem direito igualmente.

Ao serem liberados os primeiros lotes das vacinas, uma onda de fake news também surgiu, o que levou ao Jornal da Manhã a desencadear ações específica para o combate à desinformação. Assim, várias matérias com especialistas eram veiculadas e sempre na busca de garantir a confiança da população à imunização, tão importante naquele momento.

Outro grande desafio foi a cobertura da campanha eleitoral de 2020 em plena Pandemia. No lugar da realização do tradicional debate, o Grupo JM de Comunicação optou por uma série de entrevistas ao vivo com os candidatos, tanto no primeiro quanto no segundo turno, com participação de ouvintes/leitores. Além disso, toda a movimentação político-eleitoral foi acompanhada pelas equipes de reportagem, sempre seguindo os protocolos de proteção.

Também mereceu destaque o acompanhamento das aulas virtuais e os novos formatos adotados nas escolas para o enfrentamento à pandemia.

Ainda hoje, passados quase dois anos após o fim da pandemia, a postura editorial do Jornal da Manhã tem a Saúde como prioridade no sentido de valorizar a vida por meio da garantia do direito do cidadão ao acesso de atendimento de qualidade. Desde a pandemia, o jornal acompanha de perto, o desempenho da fila eletrônica, com a realização de consultas e exames eletivos, que permaneceram parados por mais de dois anos. Igualmente tem prioridade editorial a divulgação de dados de avaliação da Saúde Pública, assim como investimentos no setor.   

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