A decisão da Prefeitura de fechar o cerco aos camelôs nas ruas de Uberaba não foi bem recebida pelo setor. Em entrevista ao Jornal da Manhã, Carlos Antônio
A decisão da Prefeitura de fechar o cerco aos camelôs nas ruas de Uberaba não foi bem recebida pelo setor. Em entrevista ao Jornal da Manhã, Carlos Antônio da Silva, presidente do Sindicato dos Vendedores Ambulantes de Uberaba, afirmou que “todo cidadão tem direito de trabalhar na cidade onde vive”. Para ele, a maioria dos camelôs não irá cumprir a determinação e continuará a trabalhar ilegalmente. “Eu penso que a solução seria muito fácil. Bastaria construir um novo camelódromo, porque muitas pessoas, todos os dias, vêm procurar lugar para montar as bancas, mas os espaços já estão lotados”, afirma. Eduardo Almeida Silva é ambulante há seis anos e nunca conseguiu se cadastrar para ocupar um dos 90 boxes do local. De acordo com ele, o período entre os meses de outubro e janeiro é o mais rentável do ano. “Eu não vou parar de vender porque vivo disso. Acho que todo mundo tem o direito de ganhar a vida e o meu jeito é esse, não dá pra parar”, declara. Outro comerciante do entorno da Praça Rui Barbosa, que preferiu não se identificar, afirmou que já teve, inclusive, a banca recolhida pelas equipes do Departamento de Posturas. “Eles vieram e levaram minhas duas bancas de óculos. Foi em novembro do ano passado, mas eu não parei, e desta vez não vou parar também. Eu vivo disso”, garante. Questionado sobre a possibilidade de ser pego pela fiscalização, o ambulante foi enfático. “Se eu notar que estão por perto, corro e vou dando meu jeitinho brasileiro”, diz.