Proprietários protestam contra as condições das unidades adquiridas através do programa Minha Casa, Minha Vida.
O sonho da casa própria está se transformando em pesadelo para os moradores do Elza Amui 4. Proprietários de imóveis localizados na rua Osvaldo Lourenço protestam contra as condições das unidades que foram adquiridas através do programa Minha Casa, Minha Vida. De acordo com os reclamantes, as moradias apresentam problemas na rede de esgoto, estão com rachaduras na estrutura e os muros não estão suportando a pressão das chuvas.
Há três meses no local, o manobrista Leonardo Fernandes reclama que a construtora responsável pela obra não atende à solicitação dos moradores. “Eles não atendem nossos telefonemas e nem a fiação da minha casa isolaram. Fazem pouco caso da gente. Quando chove, a água do meu quintal vai toda para a área do vizinho”, pontua.
A dona-de-casa Maria Raquel Pereira Rocha acionou a Justiça e fez fotos e filmagens para registrar a situação do lugar. “O esgoto transbordou e todas as casas estavam sem bocais de energia. A gente liga para a construtora e eles jogam para a Prefeitura, e de lá um transfere a responsabilidade para o outro, mas ninguém dá uma solução para gente”, salientou.
Como se não bastasse o número de reivindicações, os moradores ainda acusam a empresa de cobrança incorreta do volume de água gasto. O engenheiro da construtora que administra o empreendimento, Amir Reston Ali, informou que as falhas foram causadas pelo excesso de chuvas e o número insuficiente de caixas de coleta de água pluvial. Ele garantiu que a empresa está apenas aguardando o período de estiagem para resolver a dificuldade do bairro. Quanto à cobrança de consumo exagerado de água, o engenheiro disse que basta apenas os reclamantes apresentarem os comprovantes e terão os valores restituídos.