Promessa de fiscalização do local utilizado para depósito de entulhos na Pedreira de Léa ainda não foi cumprida. É o que constatou a equipe do Jornal da Manhã, em visita à pedreira na tarde de ontem. Há cerca de 5 meses funcionando de forma irregular, o ecoponto apresenta problemas. As pessoas não estão respeitando a determinação de que o ambiente serve apenas para abrigar entulho. Existe lixo de toda espécie e catadores clandestinos que recolhem o material já frequentam o local. Por causa das chuvas, a água ficou acumulada e formou uma piscina bem no meio do depósito e a todo momento chegam caminhões para depositar material. A Prefeitura adiou mais uma vez a execução de projeto aprovado pela Câmara de Vereadores, que prevê regulamentação da área de transbordo. Não há guaritas, nem banheiros, sequer um sinal de que as ações propostas pela Secretaria de Planejamento estão sendo iniciadas. O titular da pasta, Karim Abud Mauad disse que nova data foi determinada em acordo com caçambeiros e Promotoria de Meio Ambiente, sendo prorrogado para 10 de março o início das vistorias. Enquanto isso não acontece, trabalhadores autônomos colocam a vida em risco, manuseando de forma inadequada os materiais. Denúncias feitas por proprietários de terras na região são de que o lixão pode estar contaminando a água que abastece Uberaba. Maria Isabel Dionísio faz parte do grupo de dez catadores que, segundo ela, trabalhavam no antigo lixão do Jardim Espírito Santo, mas migraram para a pedreira. “Às vezes alguém da prefeitura aparece por aqui, mas não é sempre, e nós separamos o lixo”, conta.