População deve reforçar cuidados com limpeza, vedação e eliminação de criadouros para evitar presença de mosquitos, roedores e outros animais sinantrópicos
Zoonoses também orienta cuidados específicos: não alimentar pombos, remover ninhos e fezes dessas aves, e utilizar barreiras físicas para evitar abrigo (Foto/Reprodução)
Com o retorno das chuvas em outubro, o Centro de Controle de Zoonoses de Uberaba alerta para o aumento da presença de animais sinantrópicos — aqueles que se adaptaram a viver próximos aos seres humanos, como ratos, baratas, pombos e mosquitos. A elevação da temperatura e o acúmulo de umidade criam condições ideais para a proliferação dessas espécies, que podem causar riscos à saúde.
Segundo o órgão, os animais mais comuns neste período são o mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue, zika e chikungunya —, os roedores, que podem transmitir leptospirose pela urina contaminada, e o caracol africano, que se multiplica rapidamente devido à boa adaptação ao clima brasileiro.
Para evitar a presença desses animais, o Centro reforça que o controle deve ser feito de forma contínua, com foco na eliminação das quatro condições básicas de sobrevivência: água, alimento, abrigo e acesso.
Entre as principais medidas preventivas estão a manutenção da higiene dos ambientes e o correto acondicionamento do lixo, sempre em lixeiras bem tampadas e dispostas para coleta no horário próximo à passagem do caminhão. Também é fundamental guardar alimentos — inclusive ração de animais domésticos — em recipientes fechados e limpar com frequência locais com acúmulo de gordura, como fogões e coifas.
A limpeza de quintais, jardins, sótãos e depósitos ajuda a eliminar possíveis abrigos. O acúmulo de entulho, madeira e outros materiais deve ser evitado, e muros e paredes precisam ser rebocados para fechar frestas e rachaduras. O uso de telas em janelas, ralos e portas é outra medida importante para impedir o acesso de baratas, escorpiões e roedores.
O Centro de Zoonoses também orienta cuidados específicos: não alimentar pombos, remover ninhos e fezes dessas aves, e utilizar barreiras físicas para evitar abrigo; sacudir roupas e calçados antes de usar; usar luvas ao manusear materiais de construção ou entulho; e, em caso de encontrar morcegos, nunca tocá-los — a remoção deve ser feita por equipes especializadas.
A Prefeitura reforça que o Departamento de Endemias e Zoonoses não recomenda o uso de produtos químicos para o controle desses animais. O trabalho deve ser preventivo e baseado nas medidas de limpeza e manutenção.
No caso da dengue, a principal ação continua sendo a eliminação de criadouros do Aedes aegypti. É importante evitar água parada em vasos, pneus, garrafas e baldes, manter caixas d’água bem tampadas e limpar calhas, ralos e potes de água de animais com frequência.
Em caso de dúvidas ou ao encontrar um animal potencialmente perigoso, como escorpiões, aranhas ou morcegos, o morador deve entrar em contato com o Centro de Zoonoses pelo telefone (34) 3315-4173 para solicitar orientação técnica ou o recolhimento seguro.