Não foi somente na cidade que as chuvas torrenciais provocaram grandes estragos. Na saída da área urbana, esta situação também ficou crítica. No viaduto da avenida Filomena Cartafina com a Tonico dos Santos, os buracos tornaram-se maiores e mais frequentes e a trafegabilidade foi comprometida.
De acordo com Lourenço Alves de Moraes, a entrada e saída do viaduto estão com estado de conservação precário e provocam lentidão no acesso. “O problema maior é para os motoristas que vêm de São Paulo, sentido Uberlândia. Sou proprietário de uma reformadora de baús no Jardim Maracanã e passo neste ponto quase 10 vezes por dia. Vejo constantemente a dificuldade para todos os condutores”, observa.
“A obra ficou inacabada e tem até valetas sem asfalto. Os caminhoneiros precisam cruzar este trecho em velocidade bem baixa e isso obriga todos a esperar muito mais que deveriam”, completa.
Para piorar, continua Lourenço, “a chuva carregou a terra nas margens do viaduto, na parte que o sustenta, e tem ficado perigoso passar por lá, pois há pequenos deslizamentos e o receio dos motoristas em ver o concreto ruir também”. O usuário vê o período noturno como o mais arriscado. “Quem dirigir naquele local e não souber como está a via, pode até capotar devido às valetas”, acredita. “Apesar de ser uma obra federal, entendo que as nossas autoridades precisam pressionar mais com o intuito de haver soluções para este quadro”, afirma.
Segundo Elias João, engenheiro supervisor do Dnit Uberaba, realmente a chuva levou parte da terra presente embaixo do viaduto, mas o estágio atual não compromete a sua segurança. “Foram levados cerca de dois metros e isso assusta visualmente, mas não há problemas na estrutura”, garante.
Ele revela que tentou apoio da Prefeitura para tapar os buracos no viaduto, mas como está envolvida nos serviços de limpeza da cidade após as enchentes, não conseguiu. “Por isso, pedi a ajuda do Exército e já falei com representantes do Batalhão de Araguari, recebendo a garantia de que hoje teremos equipes deles em ação aqui”, informa.