Circo funciona sem lona por causa de chuva

Proprietário de circo instalado no bairro Serra Dourada, derrubado no sábado por conta da forte chuva, lamenta a falta de apoio por parte dos órgãos públicos, no momento em que tentava conseguir as devidas autorizações para funcionar. Além disso, ele afirma estar com toda documentação necessária regularizada. Com todas as autorizações em mãos, inclusive a inspeção feita pelo Corpo de Bombeiros, Flávio Castelli diz que apesar de a lona e parte da estrutura metálica do circo terem sido muito danificadas por causa do temporal, no domingo (31) houve espetáculo normalmente e que a queda da estrutura não se deve a uma instalação errada e sim a fenômenos naturais que, segundo ele, “não podem ser previstos”. Para ele, as mais de 200 pessoas que foram assistir ao show deram um exemplo de incentivo por parte da população. “Burocracia tem em todo lugar. Mas, aqui, algumas pessoas não colaboram. Tudo bem que é preciso a expedição dos alvarás, mas só acho que isso não deveria ser dificultado”, lamenta, não citando nomes.   Renato Formiga, coordenador do Departamento de Posturas, salienta que o circo, assim como outro instalado no Beija-Flor, havia sido interditado no dia 22 de janeiro por não possuir as autorizações de funcionamento. “Eles foram impedidos de trabalhar. Mas, se atenderam às solicitações e possuem os alvarás, quer dizer que estava tudo em ordem. Então, a queda da lona não tem anda a ver com a expedição ou não de alvarás. Foi um acidente provocado por uma tempestade”, ressalta.   Morador que não se identificou revelou que parte da população se uniu na tentativa de não deixar que o circo funcionasse, temendo alguma tragédia, já que não confiaram na forma como a lona foi erguida. “O Departamento de Posturas veio, multou. Mas, mesmo assim eles conseguiram liberação. A gente fica com receio. No dia da chuva, eu vi tudo balançando. Felizmente não havia ninguém lá. Mas, era horário de show”, observa.