MAIS CARO

Combustíveis terão aumento a partir de 1ª de janeiro de 2026; veja quanto

Joanna Prata
Publicado em 15/12/2025 às 14:53
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Os motoristas devem começar 2026 pagando mais caro pelos combustíveis. A partir de 1º de janeiro entram em vigor os novos valores do ICMS que incidem sobre gasolina, diesel e gás de cozinha, conforme atualização aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O reajuste vale para todo o país, com reflexos esperados não apenas nos postos, mas também em diversos setores da economia.   

Pelos novos valores, a gasolina terá aumento de R$ 0,10 por litro, com a alíquota passando de R$ 1,47 para R$ 1,57 — alta de 6,8%. No caso do diesel e do biodiesel, o acréscimo será de R$ 0,05 por litro, elevando o valor de R$ 1,12 para R$ 1,17, o que representa aumento de 4,4%. Já o gás liquefeito de petróleo (GLP), usado principalmente como gás de cozinha, terá a alíquota reajustada de R$ 1,39 para R$ 1,47 por quilo. Na prática, o impacto é de cerca de R$ 1,05 a mais no botijão de 13 quilos. 

Em Uberaba, os motoristas já começaram a sentir no bolso os reajustes nos combustíveis antes mesmo da virada do ano. Desde o fim de novembro, o etanol passou a registrar aumento nas bombas dos postos da cidade, impulsionado pela redução da oferta com o encerramento da safra 2025/26. Levantamento do Procon Uberaba, realizado em 4 de dezembro, aponta que o preço médio do etanol chegou a R$ 4,16, acima dos R$ 3,97 verificados na pesquisa do fim de outubro. No mesmo período, a gasolina comum foi encontrada, em média, a R$ 5,92, a gasolina aditivada a R$ 6,18 e o diesel a R$ 5,85. Com o novo reajuste do ICMS previsto para janeiro de 2026, a expectativa é de que esses valores sofram novas elevações, ampliando o impacto no orçamento dos consumidores uberabenses.  

Este será o segundo ano consecutivo de aumento do ICMS sobre combustíveis. Em fevereiro deste ano, o imposto já havia sido reajustado, o que reforça a expectativa de novos repasses aos preços finais pagos pelo consumidor mineiro, especialmente em um estado onde o transporte rodoviário tem papel central no escoamento de produção e no deslocamento diário da população.  

De acordo com o economista-chefe da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), João Gabriel Pio, desde 2022 o ICMS sobre combustíveis passou a ser cobrado em valor fixo por litro ou quilo, modelo conhecido como alíquota “ad rem”, após a vigência da Lei Complementar nº 192. A mudança substituiu o cálculo percentual sobre o preço final, adotado anteriormente.   

Segundo o economista, o objetivo do modelo foi reduzir a volatilidade do imposto diante das oscilações de mercado. A decisão recente do Confaz, explica Pio, não altera a forma de cobrança, apenas atualiza os valores monetários da alíquota. Antes dessa mudança, cada estado definia suas próprias alíquotas e preços médios.   

Para Minas Gerais, o impacto mais sensível tende a ocorrer nos custos logísticos. “O aumento do imposto pressiona o transporte e pode gerar repasses ao longo da cadeia produtiva, afetando preços de alimentos, bens industriais e serviços”, avalia João Gabriel Pio. Ao mesmo tempo, a atualização do ICMS tende a ampliar a arrecadação estadual, já que o imposto incide diretamente sobre o volume comercializado, independentemente do preço final dos combustíveis.   

Do ponto de vista da inflação, o economista projeta um efeito direto moderado em Minas. A estimativa é de que o reajuste acrescente cerca de 0,1 ponto percentual ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2026, considerando apenas o impacto direto da medida.

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