Continua falta mão-de-obra no município

De acordo com dados do IBGE, pequenas e microempresas correspondem a cerca de 98% das empresas brasileiras. Uberaba tem buscado captar novos empreendimentos, mas, segundo o gerente do Sine, Luiz Humberto Felipe, o município sofre com a falta de mão-de-obra.   Em entrevista à Rádio JM, o secretário de Desenvolvimento Econômico, João Franco, relatou que, ao contrário do que se pensa, este pode ser um dado a favor de Uberaba. “Há escassez de mão-de-obra por conta da demanda causada pela chegada de empresas e vale salientar o crescimento das pequenas e microempresas. Em 2009, mais de 1200 novas empresas surgiram na cidade, com cerca de 10 a 20 empregados, o que é extremamente importante”, destaca Franco.   Um setor bastante prejudicado por esta falta de mão-de-obra qualificada é a construção civil. Em avaliação do cenário de 2010 para o setor, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil em Uberaba (Sinduscon), Nagib Facuri, disse que, com o aumento na demanda causada pelas obras que acontecerão este ano, como as do projeto Água Viva e a construção de condomínios e projetos de moradia, seria necessário importar mão-de-obra ou criar um sistema de qualificação.   Para resolver o problema e aproveitar a abertura de vagas, o município fechou convênio com o governo federal. “A partir de março teremos o Sine municipalizado, ou seja, passaremos a ter estrutura e recursos de quase R$ 1 milhão para treinamento e requalificação de mão-de-obra, pessoas cadastradas no programa de emprego e renda do governo”, destaca Franco.   O programa ainda prevê um sistema informatizado com a oferta de vagas e o número de trabalhadores cadastrados. “É um passo importante de Uberaba. Estamos desenvolvendo desde o ano passado, e um exemplo prático acontece na Usina Tijuco, que começa a operar em abril, onde Uberaba está colocando à disposição da empresa cerca de 500 trabalhadores, via Sine. A qualificação está sendo feita em parceria com o Sebrae, Senai e Senac, o chamado 5S, e entidades de formação de mão-de-obra”, afirma o secretário.   Segundo Franco, é um investimento de mais de R$ 400 milhões que está recebendo trabalhadores através desse modelo informatizado e de qualificação de mão-de-obra.