Contratações temporárias devem movimentar mão de obra em Uberaba no fim de ano

Mesmo com a maioria das empresas mineiras sem intenção de ampliar o quadro de funcionários, o comércio de Uberaba já começa a abrir vagas temporárias para o fim de ano. A expectativa é positiva, segundo o gerente executivo do Sindicato do Comércio de Uberaba (Sindicomércio), Thiago Árabe, que destaca oportunidades antecipadas, principalmente nos setores de vendas e prestação de serviços.   

De acordo com pesquisa da Fecomércio MG, realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da entidade, 7,2% das empresas em Minas Gerais devem contratar temporários para o período de Natal e Ano Novo. Em média, cada empresa deve admitir dois funcionários, com variação de uma a dez contratações.   

As funções mais procuradas são vendedores (63,3%), operadores de caixa (16,7%), estoquistas (13,3%) e atendentes (10%). A expectativa de efetivação é considerada média por 36,8% das empresas e alta por 31,6%, com maior chance de ocorrer em dezembro (38,2%) e janeiro (41,2%).   

“Nós do Sindicomércio analisamos a pesquisa com bons olhos. Vemos muitas oportunidades antecipadas, e várias empresas de Uberaba, principalmente do comércio e da prestação de serviços, estão precisando de mão de obra. A chance da pessoa contratada temporariamente continuar na empresa é muito grande”, afirmou Thiago Árabe.   

Segundo ele, muitos empregadores locais têm buscado reforçar o quadro antes mesmo do Natal, o que amplia as possibilidades para quem busca recolocação ou uma renda extra. “Nada mais importante para quem está com vontade de trabalhar do que se dirigir às lojas e mostrar dedicação”, destacou.   

Ainda conforme o levantamento da Fecomércio, 21,1% das empresas que tentaram contratar tiveram dificuldades, mas conseguiram preencher as vagas. Entre os obstáculos apontados estão a falta de interesse dos candidatos (73,5%) e a falta de qualificação (28,4%).   

A pesquisa também revela que 90,9% dos empresários não pretendem contratar temporários neste fim de ano, principalmente por já terem equipes suficientes (34,3%) ou por não adotarem vínculos por tempo determinado (51,5%).  

Os segmentos com maior participação no levantamento são os de supermercados e produtos alimentícios (27,5%), vestuário e calçados (23,3%), e materiais de construção (11%) — setores que tradicionalmente concentram o movimento de fim de ano em Uberaba.