Criatório de abelhas no bairro Costa Telles 2 foi denunciado ontem por moradores e vizinhos que, depois de dez anos de convivência forçada com as colmeias, resolveram protestar contra os ataques.
Segundo Donizete Alves Ribeiro, morador da rua Sílvio Vieira da Silva, o prédio onde estão as cerca de 15 caixas de abelhas fica localizado ao lado de sua casa e é utilizado para a produção de mel. “No espaço de tempo de 10 anos, que é o período em que o criatório está instalado, quatro ataques de intensidade mais violenta já aconteceram e resultaram, inclusive, na morte de dois cachorros”, reclama Donizete, ressaltando que toda a família vive com medo de que ocorram novas invasões. “Ficamos trancados dentro de casa, com janelas e portas fechadas o tempo inteiro. Nossos vizinhos também fazem assim e, quando saímos na rua, o jeito é ficar bem atento”, completa.
A equipe de reportagem do Jornal da Manhã esteve no local na manhã de ontem e foi recebida pelas abelhas. Na residência de Donizete, uma das principais reclamações está no fato de que moram duas pessoas doentes na casa, as quais não podem andar. “Caso ocorra um ataque, não há possibilidade de essas pessoas se deslocarem”, afirma o aposentado.
O diretor do Departamento de Posturas, Renato Formiga, afirmou que, em casos como esse, a população tem que contatar a Prefeitura. “É um trabalho conjunto que envolve Vigilância Sanitária, Zoonoses e, dependendo da situação, até o Corpo de Bombeiros”, conta.
O diretor afirmou que a prática em si não entra em desconformidade com o Código de Posturas do município. No entanto, não há como precisar, por exemplo, se o prédio tem alvará de funcionamento ou se está em dia com as determinações da Vigilância Sanitária, já que as abelhas são criadas para a produção de mel. “Não há como afirmar sobre possíveis autuações e valores, pois a situação deve ser analisada por diversos órgãos, cada qual, com um tipo de determinação. A orientação, nesses casos, é procurar um deles e solicitar uma visita de fiscalização”, finaliza.