Índice referente ao levantamento do último censo ainda não foi divulgado (Foto/IMAGEM ILUSTRATIVA/Reprodução/EBC)
Apesar de proporcionar um retrato da sociedade por meio de números, o IBGE não responde o porquê dos comportamentos observados. Um exemplo citado por Marshal Marangoni, coordenador do instituto em Uberaba, é a diminuição na taxa de fecundidade.
“Podemos imaginar o IBGE como um termômetro, que mostra a temperatura. Depois alguém precisa pegar esse dado e tentar entender o que gerou isso”, detalha.
O índice referente ao levantamento do último censo ainda não foi divulgado e a expectativa é que os dados sobre os nascimentos sejam anunciados em setembro.
A taxa de fecundidade ainda não foi divulgada, pois demanda estudo mais detalhado dos dados coletados durante o Censo de 2022. Na década de 60, esse número era de 6,3 filhos por mulher. Em 2010, caiu para 1,87 e estima-se que esteja em 1,7.
Com estimativas de queda no quesito, Marshal traça hipóteses do que pode estar levando a essa causa. “Quando pegarmos os dados sobre o trabalho, que também foi pesquisado. No que a pessoa trabalha? A quantidade de horas? Aí podemos traçar uma relação porque temos, hoje, famílias diferentes de anos anteriores, de quando só o homem trabalhava. Normalmente a mulher só ficava em casa cuidando do filho, hoje isso não é tão costumeiro”, projeta.