Na manhã de ontem, a dona-de-casa Leila Cardoso acionou ao Jornal da Manhã e denunciou a falta de leitos e superlotação no bloco cirúrgico do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Portando diversos resultados de exames radiográficos em mãos, ela contou que o marido Júlio César Prata sofreu um acidente no trabalho e fraturou uma das pernas.
Ele foi encaminhado ao pronto socorro do HC e teve a lesão confirmada, mas mesmo assim foi liberado. Depois de consultar um médico da rede particular, o paciente retornou à instituição com uma carta e conseguiu marcar uma cirurgia para o último dia 15, mas no dia anterior, durante a internação, recebeu a notícia de que o procedimento não poderia ser realizado por falta de leito e lotação no bloco responsável pelo procedimento. “Eu fiquei inconformada, reclamei na ouvidoria, mas ainda não tive respostas e meu marido está lá com a perna pendurada e ninguém faz nada”, protestou.
Leila disse ainda que foi destratada pelo médico que atendeu o marido e reclamou do fato de pacientes de outras cidades terem conseguido o atendimento. “Para ele disseram não, mas aí vai chegando gente de tudo quanto é lado, como Itapagipe, Iturama, Paranaíba e atendem. Eu não posso aceitar isso”, ressaltou.
Questionada sobre o caso, assessoria de imprensa da UFTM informou que o paciente aguarda o procedimento por se tratar de uma cirurgia eletiva, e que na tarde de ontem foi operado e transferido para a enfermaria.