ENTENDA

É doador de órgãos? Especialista explica como é feita a seleção para transplante no HC-UFTM

Dandara Aveiro
Publicado em 17/07/2025 às 11:47
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A idade média para doação de órgãos em Uberaba varia entre 3 e 80 anos, de acordo com o médico intensivista Ilídio Antunes. Coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), ele explica que a possibilidade de doação está diretamente relacionada ao tipo de órgão e às condições clínicas do paciente. A média mínima de sobrevida após o transplante é de cinco a dez anos, podendo ser ampliada com cuidados preventivos e adesão ao tratamento. 

Em entrevista à Rádio JM, Ilídio Antunes informou que, para córneas, por exemplo, o HC-UFTM realiza captações até os 80 anos, mas há locais que aceitam doadores com mais de 100 anos, conforme resultado de estudos sobre viabilidade biológica. Já para o coração, a faixa etária é mais restrita: até 55 anos, sendo que, entre 45 e 55, é necessário realizar cateterismo para avaliar as coronárias. Com limite de idade semelhante, os pulmões e o fígado necessitam de análise específica, com exames laboratoriais, sorologias e, principalmente, avaliação da equipe transplantadora. 

“Cada órgão tem os seus critérios. A idade é um fator, mas o limite não é tão rigoroso. Hoje, no Hospital de Clínicas, o maior índice de contraindicação absoluta é de pacientes com septicemia, que é infecção generalizada. Nesse primeiro semestre foram 180 casos de sepse”, conta o coordenador da instituição. 

Apesar das restrições, os avanços da medicina têm contribuído para aumentar a sobrevida de pacientes transplantados. Segundo o intensivista, a média atual é de cinco a dez anos, mas há casos de pessoas que vivem com o novo órgão por bem mais tempo. Isso se deve, principalmente, à evolução dos medicamentos imunossupressores, que reduzem significativamente o risco de rejeição. 

“Os principais problemas do transplante são a rejeição e a infecção. Córnea não, porque não tem sangue chegando. Mas hoje, com a evolução dos medicamentos que combatem essa rejeição, e que tem efeito colaterais menores, tem casos que os pacientes vivem mais de 20, ou 40 anos. Então a sobrevida é muito grande”, finaliza Ilídio. 

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