Professores da rede estadual continuam firmes no propósito de conseguir o reajuste salarial e a valorização profissional. O segmento reivindica o piso nacional de R$ 1.312,85
Professores da rede estadual continuam firmes no propósito de conseguir o reajuste salarial e a valorização profissional. O segmento reivindica o piso nacional de R$ 1.312,85, contra os R$ 935 pagos a partir deste mês.
No intuito de mobilizar a comunidade a favor da causa, cerca de dez professores uniformizados permaneceram, durante o dia de ontem, no calçadão da rua Arthur Machado, vendendo picolés, em forma de protesto.
Aos gritos, os professores distribuíam uma carta direcionada aos cidadãos. No panfleto as informações ressaltam que Minas Gerais é o 2º maior estado na arrecadação de imposto, no entanto é o 20º lugar em se tratando de salário aos professores.
“Olha o picolé da educação, apenas R$ 1,00! Quem vai querer?”, assim era o anúncio feito pelos grevistas, que tentavam prender atenção de quem transitava pelo centro.
A presidente do Sind-UTE, Sônia Regina Monte, esclareceu que a manifestação com os carrinhos de picolé tem por objetivo mostrar aos outros trabalhadores o quanto se ganha pouco para educar. “Queremos mostrar que ganhamos tão pouco que precisamos complementar com outra profissão e que até um picolezeiro ganha mais do que nós. Não estamos discriminando profissão nenhuma, mas de fato estamos desvalorizados”, destacou.
Minas Gerais tem 65% dos educadores da rede estadual engajados no movimento grevista e, de acordo com Sônia Regina, a paralisação irá continuar até que haja solução por parte do Governo. Em contrapartida, a expectativa da classe para os próximos dias é conseguir outra discussão com a Secretaria de Educação para nova proposta.