Estado designa professores substitutos para grevistas

Professores do ensino público estadual de Uberaba entram hoje na 2ª semana de greve e ainda sem definição de reajuste salarial por parte do Governo de Minas. Alunos de todos os níveis de escolaridade têm sido os mais prejudicados pelo impasse.

Para os estudantes que estão concluindo o ensino médio nesse ano, a situação é ainda mais difícil. Para a aluna da Escola Estadual Nossa Senhora da Abadia, que procurou a redação do Jornal da Manhã, mas preferiu manter sua identidade preservada, uma interrupção como essa, às vésperas do vestibular, pode significar o adiamento de um sonho. “Eu sempre quis fazer a prova da UFTM para Psicologia, mas estou me sentindo totalmente despreparada. Eu sei que os professores têm os direitos deles, mas quem está olhando pelos nossos?”, questiona a estudante, que inclusive já tentou mobilizar seus colegas de classe para uma reclamação junto à Superintendência Regional de Ensino, no entanto, em vão. “Todos eles trabalham, principalmente no período noturno. Muitos deles não se importam mesmo, porém têm outros, como eu, que também estão indignados”, reclama.

Atentando para a situação, reforçada pelo fato de que a greve segue por tempo indeterminado, a superintendente de Ensino de Uberaba, Vânia Célia Ferreira, afirmou que as 30 escolas que aderiram à mobilização já podem iniciar os processos de designação dos professores que devem cobrir o trabalho dos grevistas. A expectativa é a de que até a próxima sexta-feira (30) a contratação dos novos professores para preenchimento de quadro esteja concluída.