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Fim de ano sem culpa: como reorganizar expectativas para 2026

Juliana Corrêa
Publicado em 08/12/2025 às 18:45
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 (FotoDivulgação)

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À medida que dezembro avança, muitas pessoas revisitam as metas definidas no início do ano e percebem que nem todas foram cumpridas. Entre a intenção de “encerrar ciclos” e a identificação do que ficou pendente, surgem dúvidas sobre como lidar com esses resultados e como organizar expectativas para o próximo período. Para auxiliar nessa análise, o psicólogo Sérgio Marçal apresentou ao Jornal da Manhã orientações que podem contribuir para uma reflexão mais objetiva, sem foco em culpa ou autocrítica excessiva.

De acordo com Marçal, a frustração, embora desconfortável, cumpre uma função relevante por indicar pontos de atenção e favorecer ajustes necessários. Ele afirma que a sensação de não ter alcançado todas as metas não deve ser interpretada como fracasso, mas como oportunidade de revisão. “É importante reavaliar as metas estabelecidas, compreender onde ocorreram as falhas e traçar novas estratégias para alcançá-las”, explica. O psicólogo destaca que a frustração se torna prejudicial somente quando evolui para sentimentos de amargura ou desvalorização. O objetivo, segundo ele, deve ser a compreensão do processo, e não a intensificação do sofrimento.

Com a proximidade do fim do ano, Marçal recomenda cautela diante da tentativa de recuperar pendências rapidamente. Ele observa que dezembro não costuma ser o período mais adequado para grandes mudanças, sendo mais indicado concluir o que ainda for viável, revisar o percurso e iniciar o planejamento do ciclo seguinte. “Não há tempo hábil para providências complexas. A energia deve ser direcionada ao fechamento de ciclos possíveis, avaliação e planejamento do ano que se inicia”, afirma. Para o psicólogo, essa transição é comparável a finalizar o ciclo de 2025 e iniciar o de 2026, com metas mais claras e métodos definidos.

No momento de projetar expectativas para 2026, Sérgio Marçal reforça a necessidade de que cada meta esteja alinhada com as condições e prioridades individuais. Isso envolve considerar diferentes áreas da vida — seja pessoal, profissional, familiar ou afetiva — e estabelecer objetivos exequíveis, coerentes com o ritmo e os recursos de cada pessoa. Ele ressalta que metas não são apenas pontos de chegada: exigem métodos, atitudes e ações concretas. Também recomenda a inclusão de períodos de avaliação ao longo do ano, permitindo observar avanços, dificuldades e ajustes possíveis.

Marçal lembra ainda que nem todos os resultados dependem exclusivamente da vontade individual, o que demanda clareza e flexibilidade na construção de metas. A evolução, segundo ele, ocorre de forma gradual. “Todo prédio foi um dia um único tijolo”, exemplifica. Assim, o desenvolvimento de novos hábitos e o alcance de objetivos dependem de organização e constância no cotidiano.

Para quem encerra 2025 avaliando o próprio percurso e projetando o próximo ano, a orientação do psicólogo é manter uma postura realista, considerar o aprendizado obtido e iniciar o novo ciclo com metas factíveis, planejamento contínuo e atenção equilibrada às próprias limitações e possibilidades.

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