
(Foto/Divulgação)
O plantio da Safra de Verão 2025/2026 está totalmente concluído em Uberaba, com manutenção das áreas de soja e milho. O cenário foi apresentado nesta quinta-feira (11), durante reunião do Conselho de Previsão de Safra, quando também foi anunciado o esforço para atrair uma indústria esmagadora de soja para o município.
Durante o encontro, realizado no Sindicato Rural, os conselheiros confirmaram que 100% das lavouras de soja e milho já foram plantadas. A área de soja deve repetir a safra anterior, com cerca de 89,7 mil hectares, enquanto o milho deve ocupar entre 4,5 mil e 5 mil hectares.
O secretário do Agronegócio, Luís Renato Tiveron, afirmou que a proposta de instalação de uma esmagadora de soja está relacionada à posição de destaque do município na produção estadual. “O fato de Uberaba estar entre os quatro maiores produtores do grão em Minas torna fundamental uma indústria para processar a produção da cidade e da região, agregando valor à soja”, destacou.
O grupo também confirmou perdas de plantio, principalmente na soja, provocadas pela falta de chuvas em novembro. Segundo o extensionista da Emater, Petrônio Silva, cerca de 2 mil hectares deverão passar por replantio, com possibilidade de mudança de cultura. “Diante da estiagem haverá queda na produtividade, porém é prematuro antecipar qualquer percentual”, afirmou.
A expectativa é que números mais precisos sobre a safra sejam divulgados até a primeira quinzena de janeiro. Para a cana-de-açúcar, foi mantida a área de 120 mil hectares para 2026, embora a previsão seja de quebra de produtividade em torno de 15% devido à seca e às queimadas. Mesmo assim, Uberaba deve seguir na liderança nacional da produção.
Também foram apresentadas projeções para outras culturas. O milho safrinha deve ocupar cerca de 11,5 mil hectares na safra 2024/2025. O trigo cerrado deve ultrapassar 7 mil hectares, entre áreas irrigadas e de sequeiro. Já o sorgo mantém Uberaba como maior produtor do país, com mais de 50 mil hectares plantados.
No segmento de hortifrutigranjeiros, a expectativa para 2026 é de manutenção ou ampliação das áreas atuais, com destaque para batata (4,1 mil hectares), mandioca (1,9 mil), cenoura (1,75 mil) e cebola (850 hectares).
Tiveron avaliou o cenário com cautela diante dos efeitos climáticos, mas considerou natural a redução da área de milho. “Questão de mercado, com avanço das culturas de soja e cana nas antigas lavouras de milho”, afirmou.