Presidente da associação destaca a importância do apoio público e das novas estratégias de arrecadação para garantir a sustentabilidade do projeto
A Associação Geoparque Uberaba vive um momento de consolidação e busca por sustentabilidade financeira. Entretanto, a presidente, Paula Cusinato, destacou que o principal desafio enfrentado pela entidade ainda é a falta de orçamento e equipe, fatores diretamente ligados. A meta agora é estruturar mecanismos que assegurem a continuidade das ações sem depender exclusivamente de repasses públicos para minimizar as dificuldades.
Em entrevista ao programa Pingo do J, Cusinato falou sobre as estratégias adotadas pela Associação e a importância de encontrar caminhos que permitam manter o trabalho em andamento. “A Associação precisa ter orçamento para ter equipe. Estamos fazendo um movimento voltado aos geoprodutos e ao empreendedorismo, o que vemos como uma alternativa para garantir a sustentabilidade da Associação Geoparque”, afirmou.
Paula ressalta, no entanto, que o apoio inicial do poder público é fundamental para que a instituição consiga dar os primeiros passos rumo à autonomia. Entre as ações de captação de recursos já em andamento estão a comercialização de geoprodutos, o licenciamento do selo Geoparque e a organização de eventos. Nesse sentido, a criação do selo “Geoempresa”, voltado a empreendimentos parceiros é um avanço de destaque. “Já temos o selo de geoproduto e de empreendimento parceiro. Esse é um passo importante dentro de um movimento que busca, no futuro, a autossuficiência financeira”, explicou Paula.
A presidente ressaltou ainda que o Oktoberaba e o Festival Gastronômico são exemplos de eventos realizados pela Associação e que ajudam a fortalecer o caixa da instituição. Além disso, projetos por meio de leis de incentivo, inclusive federais, têm sido uma alternativa utilizada para captar novos recursos. "Colocamos os geoprodutos em alguns eventos e agora criamos, inclusive, uma loja no Shopping Uberaba. Uma porcentagem das vendas será destinada à Associação Geoparque, para que a gente já possa começar a ver como isso funcionará na prática”, acrescentou.
Com apenas três anos de existência, a Associação já reúne diversos associados e começa a consolidar um modelo de gestão que alia sustentabilidade econômica e valorização do patrimônio geológico, histórico e cultural de Uberaba. “Os desafios são os mesmos em geoparques de todo o mundo. A questão do dinheiro é uma realidade, e a Unesco tem ciência disso. Mas estamos avançando e acreditando nesse caminho de autossuficiência”, finalizou Cusinato.