O Jornal da Manhã recebeu denúncias de ex-funcionários temporários da Prefeitura de Uberaba que foram exonerados com a entrada de concursados e afirmam não ter recebido as verbas rescisórias devidas. Segundo relatos, alguns contratos foram encerrados antes do prazo previsto, e o atraso já se aproxima de cinco meses. A administração municipal garante que os pagamentos estão em andamento.
No caso da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS), funcionários que atuavam no CREAS relatam que pelo menos sete pessoas ainda aguardam o pagamento, mas situações semelhantes ocorrem em outras áreas da secretaria. Os ex-contratados afirmam que, durante a rescisão, não receberam cópias de seus contratos, o que dificultou o acompanhamento de valores e direitos.
“Nos informaram apenas no início de junho que nossos contratos seriam encerrados para a entrada dos concursados, embora as renovações anteriores indicassem vigência até dezembro. Desde então, não houve pagamento dos dias trabalhados, férias proporcionais ou horas extras acumuladas. Alguns de nós acumulamos dívidas e não temos previsão de quitação”, relatou uma das denunciantes.
Outra ex-funcionária temporária contou que os pagamentos eram esperados em até 30 dias após a rescisão, mas o prazo já se estende há quase cinco meses. “Tentamos contato com a Prefeitura diversas vezes, mas não obtivemos informações claras sobre a data de pagamento ou se haverá correção e juros pelo atraso”, disse.
Ao JM, a Prefeitura de Uberaba esclareceu que todos os servidores exonerados receberão as verbas rescisórias, conforme o cronograma financeiro da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Segundo o órgão, os pagamentos estão em andamento e, nos últimos cinco meses, já foram quitados R$ 4,6 milhões em rescisões.
Diante das denúncias, os questionamentos seguem sobre quantos ex-funcionários ainda aguardam pagamento, se haverá atualização monetária ou juros pelo atraso, e qual a previsão para conclusão total das rescisões. O espaço segue aberto a esclarecimentos adicionais.