O bom momento da construção civil alavanca também outro setor, o de móveis. Especialistas e empresários da área são unânimes em dizer que, enquanto houver imóveis sendo construídos, há demanda para se produzir mobiliários.
O setor cresceu 13% na comparação entre 2010 e 2009, ano em que se registrou decréscimo da ordem de 7% em relação a 2008. Já para 2011, a estimativa também é boa, acompanhando o Produto Interno Bruto (PIB) do país, e o ano pode fechar com faturamento de 5% a 6% maior, conforme dados da Associação dos Lojistas de Móveis (Alomov-MG). As lojas que vendem móveis oferecem facilidades e já fazem algumas promoções para trocar os mostruários e atender às novas cores e estilos do mercado.
Já os empresários do setor também apostam no aumento da produção e do faturamento para este ano. Proprietário de fábrica de móveis, Eurípedes de Carvalho afirma que a tendência é de que o mercado permaneça em alta, atendendo ao percentual de crescimento de 10%. Para ele, a demanda da construção civil reflete entre seis a 18 meses depois no setor moveleiro, movimentando assim a indústria de sua propriedade, que fabrica móveis planejados.
Eurípedes ressalta que, mesmo com o setor aquecido, falta mão-de-obra.
O presidente do Sindicato da Indústria Moveleira de Uberaba, José Flávio Zago, concorda e garante que os profissionais do setor estão sendo valorizados com salários maiores, justamente por estarem em falta.
Atualmente, Uberaba conta com 160 pequenas, médias e grandes empresas do setor, de acordo com os dados fornecidos pelo sindicato em parceria com a prefeitura.
José Flávio alerta empresários e consumidores do setor que a economia informal é um ponto que lança desequilíbrio ao setor, já que consome uma parte dos profissionais qualificados para as funções na indústria moveleira.
E a novidade para um futuro recente já foi anunciada pelo presidente. Ele está em fase de negociação com a Confederação Nacional das Indústrias para que seja realizada uma pesquisa nas empresas uberabenses para a formação de comércio exterior, o que pode ser uma nova etapa na indústria moveleira do município. O sindicalista afirma que é apenas uma sondagem de viabilidade econômica, que poderá incentivar muito mais a produção e o crescimento do setor na cidade.