CIDADE

Instrutores de autoescola não concordam com jornada extra

Nova regulamentação que prevê que as autoescolas reservem o período noturno para 4h das aulas de direção tem causado polêmica

Publicado em 30/07/2010 às 00:15Atualizado em 20/12/2022 às 05:08
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Nova regulamentação que prevê que as autoescolas reservem o período noturno para 4h das aulas de direção tem causado polêmica, não só entre proprietários e candidatos à carteira de habilitação (CNH), mas também entre os instrutores de direção.

Conforme denúncia recebida pelo Jornal da Manhã por profissional que se denomina Emmanuel, as autoescolas estariam estabelecendo horários estendidos de expediente aos instrutores que, segundo ele, chegam a cumprir jornada de até 15h de trabalho. “Estão impondo trabalho escravo. Os instrutores começam a trabalhar às 6h e param, em média, às 21h. Agora, com as provas no período noturno, ficam até mais à noite”, relata.

Sem entidade de classe que pleiteie melhores condições de trabalho, os instrutores seguem amargando jornadas sequenciais de trabalho que, na maioria das vezes, são remuneradas apenas por comissionamento.

Representante da extinta Associação das Autoescolas em Uberaba, proprietário de um estabelecimento que preferiu não se identificar, confirmou as informações. No entanto, atentou para a dificuldade que os empresários têm para oferecer melhorias, visto que a maioria das autoescolas mantém-se com os problemas inerentes aos estabelecimentos de pequeno porte. “É complicado promover aumento do quadro de funcionários ou pagamento de horas extras. Assim, a gente não se sustenta”, conta. “No Parque das Américas, perto da Delegacia da Polícia Civil, a iluminação nas ruas está terrível. Perto da Uniube, a mesma coisa: as ruas estão todas esburacadas”, reclama referindo-se a dois dos locais onde são aplicadas as provas de habilitação. “Sem contar a falta de educação terrível dos examinadores, formados por policiais civis. Eu diria que a grande maioria das bombas é por causa do nervosismo dos alunos e, em minha opinião, não custa nada dar bom-dia e boa-noite”, completa.

Questionado sobre a postura dos examinadores, o delegado da banca do Detran, Paulo Henrique Delladona, justificou a atitude dos examinadores, entretanto, afirmou que falta de educação ou desrespeito são inadmissíveis. “Eles são mais sérios mesmo e, na maioria das vezes, o candidato quer conversa”, diz. “Mas uma coisa é seriedade e outra é falta de educação. Se houver casos assim, o candidato tem que formalizar a reclamação no setor de habilitação”, orienta.

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