Moradores do bairro Elza Amuí 4 tomaram um susto na tarde de ontem ao encontrarem uma jiboia de aproximadamente 1,5 metro passeando pela rua Noemia Rodrigues Vilela. “Não teve risco de picar ou machucar ninguém, mas todos ficamos apavorados”, conta a dona-de-casa Patrícia Helena Batista, segundo a qual a cobra foi apanhada quando já entrava em sua casa. “Para piorar, a jiboia, que é um animal manso, estava muito brava. Ficamos achando que até poderia ser outra cobra, uma venenosa”, observa. O episódio que amedrontou Noêmia e os vizinhos serviu para chamar a atenção para outro problema enfrentado por eles e que, para a maioria, seria responsável pelo aparecimento do animal: o acúmulo de lixo em terreno baldio em frente ao local. Para a dona-de-casa Guacira dos Santos, o transtorno é causado pelo terreno, pois o local é onde os caminhões de lixo da Prefeitura passam recolhendo os sacos e fazendo a limpeza. No entanto, segundo ela, muitos moradores colocam o lixo em horários errados ou fora dos sacos e os garis não levam a sujeira, deixando-a espalhada pelo lugar. “E os cachorros reviram e a chuva leva para o bueiro. O fedor acaba se espalhando por toda a rua”, reclama. De acordo com o diretor do Departamento de Posturas da Prefeitura, Renato Formiga, a fiscalização das equipes depende do apoio da comunidade no sentido de denunciar os infratores. “Em casos assim, podemos ir ao bairro e aguardar que alguém jogue o lixo para que realizemos o flagrante e a pessoa seja autuada. Se a população ajudar, fica mais fácil encontrarmos os responsáveis”, explica. Segundo Formiga, a multa para quem for pego sujando terrenos baldios, colocando lixo fora de sacos apropriados ou do horário de recolhimento pode ir de R$ 375 a R$ 750. “Além disso, é de competência do dono do terreno fiscalizar essa situação também, porque o proprietário que for pego com lote sujo paga de R$ 450 a R$ 1.050”, completa o diretor. Em relação à jiboia apreendida, foi capturada por equipe da Polícia Ambiental e solta em mata fechada próxima à avenida Filomena Cartafina.