Depois dos estragos deixados pela forte chuva na noite de segunda-feira (25), ontem os lojistas contabilizavam os prejuízos. Na av. Santos Dumont, uma das regiões centrais mais atingidas pela enxurrada, vários pontos de abatimento no asfalto, lama e muita sujeira em calçadas danificadas.
O comerciante Paulo Sérgio Moreira Guimarães contou com a ajuda de oito pessoas, todas munidas com mangueira, vassouras e rodos. Os funcionários tentavam limpar o que ficou completamente sujo, depois que a correnteza invadiu seu estabelecimento, atingindo móveis para escritório e eletrodomésticos. Um prejuízo de aproximadamente R$ 50 mil. “Nós poderíamos ser poupados disso se o poder público agilizasse os procedimentos e resolvesse esse problema estrutural da cidade. Enquanto isso nós que pagamos o pato”, pontuou.
Diante da situação difícil, enquanto organizava o que sobrou de mercadorias, Paulo ainda teve bom humor para descrever o momento. “A turma do rodo teve mesmo de entrar em ação”, ironizou.
Na av. Guilherme Ferreira, fato inédito para o dono de uma loja especializada na venda de brinquedos. Carlos Alberto Barcelos conta que em 27 anos de trabalho no Shopping Urbano Salomão nunca passou por circunstância semelhante. Ele descreveu que na hora da tempestade, sua esposa estava sozinha na loja e só pode acompanhar o que havia acontecido depois que a enxurrada adentrou o térreo. “Nós colocamos chapas que evitavam a entrada da chuva, mas com a construção de obra de terceiros, a pressão da água não pode ser contida”, explicou.
Carlos Alberto disse que as perdas chegam a R$ 30 mil, além da estrutura da loja e o carpete que ficou destruído. “A situação é muito triste, acabamos de sair de um Natal excelente, pagamos todas as contas e aí acontecesse isso”, desabafou.
O lojista solicitou os serviços de um perito e pretende acionar a justiça para que os culpados pelo caso tenham aplicadas as devidas providências.