Mãe de criança com febre esperou mais de três horas, na noite de sexta-feira, para receber atendimento no Hospital da Criança.
Karita Gianjote Wada, secretária de oficina mecânica, reclamou que seu filho de 5 anos de idade, que estava com febre, dor de cabeça, vômito e garganta inflamada, esperou todo esse tempo para ser atendido no Hospital da Criança. “Tinha uma criança de três dias de vida lá, com febre de 40º e que também demorou a ser atendida”, desabafa.
Ela conta que a médica que estava de plantão no período da tarde saiu às 19h e a próxima, teoricamente, teria que chegar no mesmo horário, mas só apareceu às 19h45. “O hospital estava lotado de crianças, não tinha nem lugar para sentar e as pessoas tinham que esperar do lado de fora”, explica Karita.
“Isso não é a primeira vez que acontece. Eu contei para a minha colega de trabalho e ela disse que há três semanas, o hospital estava na mesma situação, cheio demais e somente com uma pediatra para atender todo mundo”, conta. A mãe explicou também que ao reclamar para a médica, ela justificou que a demora se deve à grande quantidade de crianças. Seu filho foi atendida às 20h50, sendo diagnosticado garganta inflamada e congestionamento.
Em contato com a diretora do Hospital da Criança, Ana Paula Bossi disse que existem épocas do ano nas quais a demanda realmente é muito grande e por isso o hospital não consegue supri-la. “Nunca o hospital fica sem médico. O que acontece é que em todas as trocas de plantão a médica antes de sair passa para a outra que vai entrar o que está acontecendo com os pacientes. Por isso, atrasa um pouco. Não houve atraso de chegada de nenhum médico, os plantonistas foram extremamente pontuais”, esclarece. “O certo seria o atendimento básico ser feito em todos os postinhos de saúde, porque se tivéssemos com quem dividir o serviço, não existiria essa demora toda, mas como não acontece, todas as crianças vêm para o hospital”, explica.