Moradores vizinhos ao colégio Marista Diocesano estão reclamando do corte de árvores do pátio.
De acordo com a comerciante Valéria Vilela Cecílio, que mora perto do colégio, há quatro anos os vizinhos vêm lutando para que as árvores da espécie sibipiruna, já quase centenárias, não sejam cortadas. “Fica o sentimento de insatisfação. Não queríamos que as árvores fossem cortadas, acreditamos que poderia haver um tratamento para que ficassem sadias”, afirma. Ainda segundo ela, os moradores insatisfeitos já procuraram o Ministério Público e vão tentar encontrar uma brecha no processo que permita impedir a supressão.
A licença para o corte das sibipirunas foi dada pela Secretaria do Meio Ambiente, cujo laudo técnico afirma que as árvores já foram podadas várias vezes e estão secando e, dessa forma, os galhos secos podem cair e causar acidentes a alunos e funcionários.
Segundo o professor Antônio Carlos, diretor da escola, as árvores estão infestadas de cupins e seus troncos podem desabar a qualquer momento. “Não cortaríamos se não fosse por necessidade absoluta. As árvores estão pondo em risco a vida das crianças e estamos amparados pela lei”, afirma o diretor, que acrescenta ainda que, em contrapartida ao corte das árvores, a escola desenvolve atividades de conscientização ambiental, como coleta seletiva de lixo e plantio de mudas.
De acordo com o documento de autorização expedido pela Secretaria do Meio Ambiente, como medidas compensatórias ao corte das sibipirunas a escola terá que plantar, em suas dependências, outras quatro árvores de médio porte (com altura mínima de um metro) e se responsabilizar pela manutenção das mudas. O não-cumprimento das medidas resultará em multa para a Instituição.