Novo Código Florestal brasileiro aprovado na terça-feira, 6, pela Comissão Especial da Câmara já suscita discussões entre lideranças ruralistas de Uberaba. Embora aprovado por 13 votos a cinco, o texto agradou mais a ruralistas do que a ambientalistas.
Presidente do Sindicato Rural de Uberaba, Rivaldo Machado Borges, afirmou estar satisfeito, no entanto, criticou a interferência de grupos ambientalistas internacionais, como o Greenpeace, para a modificação do projeto. “Europeus e americanos estão aflitos porque sabem que o Brasil, como celeiro do mundo, vai crescer através da agricultura e pecuária. É por isso que ficam tão preocupados, mas eles que se metam com os negócios deles”, afirma.
Entre os tópicos que centralizaram polêmica, o destaque é para o que prevê anistia a proprietários multados por desmatamento ilegal até 22 de julho de 2008, sob a condição de que participem do Programa de Regularização Ambiental para recuperar as áreas devastadas. Com isso, a expectativa do relator do projeto é a de que o perdão das multas devolva 90% dos proprietários à legalidade.
Segundo Rivaldo, os protestos de ambientalistas contra esse tópico devem ser anulados se consideradas outras perdas que se fizeram sentir pela bancada ruralista. “Uma foi a proibição da entrada em áreas de várzea para cultivo de arroz no Pró-arroz e a outra foi a conversão das encostas em Áreas de Proteção Permanente, sendo que a maior parte da produção do café brasileiro é cultivada nas encostas”, elabora.