Operação Rodovida reforça radares móveis e bafômetro nas estradas de Uberaba no fim de ano

O aumento do fluxo de veículos nas rodovias federais que cortam Uberaba motivou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a intensificar a fiscalização em pontos estratégicos durante o fim de ano. A operação Rodovida, que começou nesta quarta-feira (17) e segue até o pós-carnaval, concentra esforços para reduzir acidentes, sendo o excesso de velocidade o principal fator de risco identificado, segundo o inspetor Rocha Neto. Ao longo do período, cerca de 40 mil veículos devem circular diariamente pela região, por isso, equipes de policiamento irão monitorar o tráfego e intensificar abordagens de segurança. 

Segundo o inspetor, a principal preocupação da PRF é o excesso de velocidade, apontado como a maior causa de acidentes na região. Para reduzir os riscos, a polícia ampliou o uso de radares móveis em trechos com histórico de ocorrências, além de reforçar o policiamento ostensivo ao longo das rodovias. “Temos um aumento de fiscalização de todos os tipos e que já fazemos rotineiramente. Mas esperamos 40 mil veículos passando por dia; então, aumentamos a fiscalização de velocidade, o que causa mais acidentes, principalmente aqui no nosso trecho”, ressaltou, em entrevista ao Pingo do J. 

A operação também inclui o aumento das fiscalizações com etilômetros, especialmente no período pré e pós-festas de Natal e Ano Novo, além de abordagens voltadas à segurança dos ocupantes dos veículos. Itens como uso do cinto de segurança, condições dos pneus, documentação do veículo e transporte correto de crianças estão entre os principais focos das ações.  

“O policial olha cadeirinha, criança, documentação e se os adultos acompanhantes têm vínculo. Procuramos sempre verificar isso, entrando em contato com os pais, se necessário. Às vezes as pessoas andam sem documentos, e aí exigimos a comprovação ou acionamos o conselho tutelar. A própria criança também demonstra nervosismo”, explicou Rocha Neto. A orientação é que os motoristas levem documentos que comprovem vínculo ou autorização dos pais, mesmo em formato digital, para evitar transtornos durante as abordagens. 

Além da fiscalização convencional, a PRF conta com analistas de risco que monitoram padrões de tráfego e rotas de veículos suspeitos, permitindo identificar potenciais irregularidades e transporte de cargas ilícitas. Rocha Neto explicou que a experiência e a análise de rotas ajudam a detectar veículos com comportamento atípico, incluindo transporte de drogas, muitas vezes ocultas em compartimentos difíceis de acessar. 

Durante a operação, policiais também auxiliam pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo andarilhos que circulam pelas rodovias, oferecendo apoio e identificando casos de mandados de prisão ou pessoas desaparecidas. “Se eles estiverem normalmente circulando, sem causar problema, é livre circulação. Eles vão poder ir e vir. Mas a gente aborda e faz uma identificação”, disse Rocha Neto.  

Para o inspetor, o trabalho da PRF vai além da fiscalização, englobando inteligência, tecnologia e orientação aos usuários das rodovias, garantindo que famílias e motoristas cheguem aos destinos com segurança.