Servidores administrativos da Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Uberaba voltaram ao trabalho, ontem
Servidores administrativos da Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Uberaba voltaram ao trabalho, ontem, após aderir à paralisação nacional realizada na quinta-feira (15). Os seis funcionários retomaram, logo pela manhã, o recebimento de pedidos de seguro-desemprego e a confecção de carteiras de trabalho, além de protocolos de defesa dos trabalhadores. No entanto, admitiram que esperam o posicionamento da categoria no âmbito estadual na próxima semana para definir se novas greves serão promovidas ainda neste ano.
Segundo Getúlio Ferreira Furtado, apesar de estas atividades não terem sido realizadas ontem, hoje não ocorreu uma corrida tão intensa à gerência como muitos esperavam. “O maior movimento é registrado às segundas-feiras. Como a paralisação ocorreu na quinta-feira, não houve muitos acúmulos hoje [ontem]. O fluxo foi cerca de 10% maior apenas”, afirmou.
Já a greve dos demais servidores federais realizada ontem em todo o país perdeu força na cidade e não ocorreu. Segundo Hideraldo Buch, coordenador do Núcleo Regional do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Minas (Sindsep-MG), muitos funcionários atuantes no município que integram os ministérios da Fazenda e Agricultura tinham garantido que iriam cruzar os braços, mas desistiram em cima da hora. “Desta forma fica difícil. Todas as melhorias que conseguimos vieram através de greves. Portanto, não tem outro caminho para ter nossas reivindicações atendidas. Mas, na hora decisiva, o pessoal fica com medo, desiste e compromete todo o trabalho de mobilização feito anteriormente”, disparou.
O dirigente sindical admitiu decepção ao ver a paralisação naufragar na cidade. “Entendo a situação de alguns porque enfrentam problemas com chefias. O pessoal da Funasa não parar também é compreensível, pois eles ganham R$ 600 por dia quando vão a campo. Mas, se a categoria quer mesmo o cumprimento do acordo firmado pelo governo, precisa ir além. Desta forma que fizeram não dá”, afirmou, lembrando que no restante do país cerca de 40% dos servidores federais aderiram à greve de um dia.