Professores do ensino privado de Uberaba partiram, ontem, para Uberlândia para mais uma rodada de negociações com o sindicato
Professores do ensino privado de Uberaba partiram, ontem, para Uberlândia para mais uma rodada de negociações com o sindicato patronal da categoria (Sinpe) objetivando chegar a um acordo final de reajustes para os profissionais de todo o Triângulo Mineiro.
Sob o slogan “Nenhum Direito a Menos” e empunhando faixas e cartazes com frases de efeito expostas em frente do prédio do Sindicato das Escolas Particulares, os manifestantes protestavam, enquanto representantes de professores e empresários reuniam-se do lado de dentro.
Liderando o grupo, o diretor do Sindicato dos Professores das Escolas Particulares (Sinpro), Marcos Gennari Mariano, afirmou que a intenção era que o impasse fosse resolvido ainda ontem, a exemplo do que ocorreu nas negociações do setor na capital do Estado. “O que tentamos enfatizar foi que as reivindicações refletiam problemas comuns a toda a categoria e não apenas de diretores e líderes sindicais”, diz. Além das 25 pessoas que saíram de Uberaba rumo a Uberlândia ontem, um abaixo-assinado com 230 assinaturas de professores que não puderam ir também foi entregue como parte da mobilização.
Segundo Gennari, a resposta da classe patronal foi positiva, ao passo que abrangeu a formatação de novo documento de contrapropostas, que deve ser entregue no dia 27, data de realização da próxima reunião, que deve ocorrer, dessa vez, em Uberaba. “O que conseguimos de melhor foi poder retomar as negociações com boa expectativa, principalmente, no que é referente ao extraclasse”, observa. “Não estamos acomodados e não vamos parar de lutar porque o professor é a base da educação de qualidade”, pondera o líder sindical.
O último documento de contrapropostas, que foi unanimemente negado pelos trabalhadores, incluía, entre outros decréscimos, a anulação da taxa extraclasse correspondente a 10% do salário e o corte da bolsa de estudos parcial – no valor de 50% – para filhos e dependentes dos professores e redução da composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 10,79 para 8,53%.