Queda de consumo de carne suína reduz preço

Mesmo com todos os esclarecimentos veiculados na mídia, reforçando que o consumo da carne de porco não transmite o vírus da Gripe A, a comercialização do produto em Uberaba tem registrado fortes quedas no consumo e no preço. As reduções, nos dois casos, chegam a até 40% em alguns estabelecimentos. De acordo com Sérgio Manzan, proprietário de açougue na cidade, grande parte das pessoas continua desinformada sobre o assunto. Principalmente por isso, diz ele, o consumo em julho caiu, em média, 20% em relação a junho, enquanto que, desde o início da moléstia, no mês de abril, o preço no atacado e no varejo sofreu redução de 40%, se comparado aos índices de comercialização deste corte verificados nos três primeiros meses deste ano. “As pessoas mais velhas oferecem mais resistência e são maioria na desistência do consumo”, explica.   Também proprietário de açougue, Sílvio Siqueira revela que nem mesmo as promoções têm ajudado. A procura pela carne de porco neste momento, garante, está 30% menor diante do pânico provocado pelo aparecimento do vírus. “Quem nos vende a carne também tem reduzido os preços e nós, automaticamente, repassamos para o consumidor”, diz. Quem trabalha direto com o criador também sente os danos causados pela gripe. Hyldeu Calixto, que atua como atravessador, comprando dos produtores e revendendo aos açougueiros, revela que o momento não é bom para ambas as partes. “O açougueiro não pode abaixar ou aumentar o preço da carne toda semana. Por isso, o consumidor deveria aproveitar e consumi-la sem medo, antes que seu valor volte ao patamar normal”, encerra.