A partir de hoje, começam a valer os novos preços dos medicamentos nas farmácias. Mas o aumento médio autorizado pelo governo, de 4,5%, não será repassado junto por todas as drogarias.
Numa farmácia localizada na rua João Pinheiro, o aumento nos medicamentos só deve acontecer daqui uma ou duas semanas, de acordo com o vendedor Daniel Costa. “Primeiro reajusta nas indústrias, depois sobe aqui”, explica.
Uma balconista que preferiu não ser identificada explica que na farmácia onde ela trabalha, no centro da cidade, os preços serão reajustados à medida que os fornecedores aumentarem o valor dos medicamentos.
Em outra drogaria do centro, a atendente Flávia Alvarenga afirma que, a partir de hoje, todos os medicamentos já estão com os custos reajustados, apesar de ainda não ter sido repassado o valor pelas distribuidoras.
Muitas farmácias deixam para fazer o reajuste depois de uma ou duas semanas, porque aproveitam os preços velhos para fazer promoções e atrair mais clientes.
O reajuste foi concedido no começo do mês de março pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do governo formado por representantes dos ministérios da Saúde, Justiça, Fazenda e Casa Civil.
De acordo com a Câmara, a categoria de remédios com maior participação de genéricos teve teto autorizado para reajuste maior: até 4,83%. A categoria com menor participação de remédios genéricos só pode ter os preços aumentados em até 4,45%.
Mais da metade dos medicamentos está na categoria em que só será permitido aumento de 4,45%.