Apesar do reajuste no valor dos medicamentos autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), farmácias não devem aumentar o preço de todos os produtos. O preço para o consumidor é controlado pelo governo e poderá subir no máximo 4,5%, a partir de abril.
O farmacêutico Cícero Cristiano Sampaio diz que o aumento para alguns produtos deve chegar a 4%, enquanto para outros não vai atingir nem 1%. Ele explica que a alta é boa para as farmácias por tornar os preços mais competitivos. “O governo autoriza o aumento e as drogarias o repassam de acordo com o que acharem melhor. Muitas vão deixar de fazê-lo para manter os clientes.”
Afrânio Tomás Nakamura, farmacêutico de outra drogaria, diz que quando sobe o preço de um medicamento, todos os outros acabam aumentando. “Cada um tem uma estratégia de venda. Normalmente nós não reajustamos todos no mesmo dia, mas os medicamentos em geral vão ter alta”, conclui Nakamura.
O aumento está autorizado a partir de abril e, já na segunda semana do mês, os fornecedores devem começar a repassar os medicamentos com preços alterados. Estão excluídos dessa lista os fitoterápicos e homeopáticos.