CIDADE

Sem obras definitivas, bairro São Cristóvão vive com medo

Passados mais de dois anos da maior tragédia que atingiu o bairro São Cristóvão, moradores ainda guardam lembranças amargas

Da Redação
Publicado em 29/05/2010 às 11:09Atualizado em 20/12/2022 às 06:18
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Passados mais de dois anos da maior tragédia que atingiu o bairro São Cristóvão, moradores ainda guardam lembranças amargas do dia em que parte do bairro foi inundada pela água das chuvas.

Tema do Caso Verdade veiculado ontem pelo Programa Ronda da Cidade, da Rádio JM, o temporal ocorrido no dia 8 de fevereiro de 2008, ainda é motivo de revolta entre as pessoas que enfrentaram aquela manhã de chuva. “Uma semana antes, um temporal muito forte já tinha provocado um desastre muito grande e a gente ainda estava limpando a casa, quando outro aconteceu”, conta a dona-de-casa Lazara da Silva Lima. “Começou de madrugada, mas quando amanheceu a chuva ficou mais forte e foi um terrível  desespero”, relata.

No mesmo dia, o prefeito Anderson Adauto decretou Estado de Calamidade Pública devido aos estragos que as precipitações causaram em vários pontos da cidade, mas, especialmente, no São Cristóvão.

Segundo informações do 8º Batalhão do Corpo de Bombeiros, o 1º pedido de socorro veio da rua Charleston Luíz da Silva, que teve várias casas inundadas, asfalto arrancado e muros derrubados. “A água foi entrando muito rápido e a gente teve que sair de casa para tentar ajudar os outros que também estavam gritando. No fim, tivemos que quebrar o muro da minha casa para salvar o vizinho do lado e puxar, por uma corda, a vizinha de trás. Foi desesperador”, afirma a dona-de-casa Marineide de Lima, moradora da rua Charleston. “Até hoje quando ouvimos um trovão, ficamos atentos”, completa.

Na ocasião, o secretário de Infraestrutura, José Eduardo Rodrigues da Cunha, afirmou que seria necessário desenvolver um amplo projeto para execução da drenagem no bairro e escoamento das águas pluviais. Além de aumentar o número de bueiros, seria preciso aumentar a vazão dos tubos na travessia da BR-050.

Ainda na época, o então presidente do Codau, José Luiz Alves, apontou que o projeto Água Viva não apresentaria solução definitiva, mas poderia minimizar o problema. Segundo ele, apesar dos melhoramentos do projeto, não havia como mudar a estrutura de Uberaba, onde as águas desembocam para as áreas mais baixas e mais populosas.

Até agora, as únicas ações promovidas pelo poder público e sentidas pelos moradores do bairro foram o aumento do meio-fio e asfaltamento de trechos de algumas ruas que perderam totalmente o asfalto.

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