Projeto do Ministério da Educação e Cultura de substituir o Sistema Braile, a partir do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, pelo projeto Mecdaisy não foi bem recebida na Superintendência Regional de Ensino de Uberaba (SRE). A iniciativa do MEC em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro permite que o livro didático seja digitado no formato Dayse, permitindo que as pessoas cegas façam leitura em áudio e naveguem por todo o texto.
Para Vânia Célia Ferreira, diretora da SRE Uberaba, o sistema em braile funciona como um estímulo para os deficientes visuais manterem a leitura e a escrita. “Sem ele, eles terão menos vontade de ler e terão mais dificuldades para aprenderem a escrita, pois somente escutando, muitas vezes não saberão a grafia correta de determinadas palavras”, avalia.
Ainda de acordo com Vânia Célia Ferreira, o Mecdaisy pode ser um instrumento a mais na educação das crianças e jovens com deficiência visual, mas não o único elemento de aprendizagem. “Funcionará bem como um apoio para os estudantes com deficiência visual fazerem os acompanhamentos de sala de aula dos livros, quando a leitura precisar ser acelerada, e até de informação, mas jamais poderá tomar o lugar dos livros em Braille”, defende. “Se isso ocorrer, a leitura e a escrita deles poderão ficar comprometidas”, conclui a diretora da SRE.