Técnicos discutem futuro do rio Grande

Rio Grande possui grande potencial de desenvolvimento sustentável, mas seus recursos hídricos precisam ser cuidados e melhor distribuídos. Estes foram os conceitos defendidos por dois palestrantes na noite de ontem, na abertura do III Fórum Integrado do Meio Ambiente do Rio Grande.

O evento foi promovido no Tatersal da ABCZ, no Parque Fernando Costa, como continuidade às comemorações do mês do Meio Ambiente. O Fórum será encerrado hoje, com mais duas palestras.

Ontem, Hideraldo Buch, biólogo, coordenador do Fórum Mineiro de Comitê de Bacias Hidrográficas e vice-presidente do GD8, último comitê da foz do rio Grande, lembrou que 65% da água deste rio é utilizada nos processos de irrigação da agricultura. “Os comitês visam encontrar a forma ideal para usar estes recursos hídricos, com mais equilíbrio e sem esquecer da preservação ambiental. É preciso lembrar também do ótimo potencial de geração de energia que eles têm”, destacou.

Ele também lembrou que no dia 2 deste mês foi publicado no Diário Oficial a instituição do Comitê de Integração do rio Grande. “Ele servirá para elaborar a gestão integrada das águas desta bacia”, explicou.

André Moreira Dutra, engenheiro agrônomo da Emater, falou sobre o levantamento de estudos ambientais na Bacia Hidrográfica do rio Grande, e destacou o grande potencial social para desenvolvimento na área. “Um estudo encomendado pelo governo de Minas sobre gestão ambiental fez cruzamentos de dados e gerou um mapa que mostra as zonas mais favoráveis para a produção. Ele leva em conta os aspectos econômicos e ecológicos e a bacia do rio Grande foi um desses, pois apresenta atualmente baixa vulnerabilidade natural do meio ambiente”, revelou.

“É claro que para esta situação ser mantida é necessário uma série de cuidados a serem adotados pelos produtores, mas é certo que é possível desenvolver atividades econômicas nesta região sem causar grande impacto ambiental”, completa o engenheiro agrônomo.