Filiados ao Sindicato dos Trabalhadores em Hospitais de Uberaba reuniram-se ontem, em assembleia, para definir a pauta de reivindicações que será enviada aos representantes patronais.
De acordo com João Custódio de Santana, presidente do sindicato, o principal problema enfrentado pelos 2.500 trabalhadores da categoria na cidade continua sendo o baixo salário. “É uma proposta pela qual lutamos desde a reativação do sindicato em 1999, mas, até agora, o que conseguimos foram reajustes salariais compensatórios à inflação”, afirma.
Segundo ele, entre as principais propostas do documento que será enviado aos empregadores de clínicas e hospitais particulares de Uberaba, estão a melhoria das condições de trabalho e o reajuste salarial que varie entre 10% e 20%. “É difícil. A média de salário de um técnico de enfermagem era de 2,5 mínimos, mas hoje, sob o pretexto de instabilidade da inflação, essa média caiu para um salário mínimo”, diz.
Para João, a expectativa, no entanto, é a de que o pedido de aumento salarial não seja atendido. “Infelizmente, acredito que o reajuste fique entre 6% e 8%. A categoria é uma das mais desvalorizadas, se considerado o trabalho desgastante e, a maioria de nós, tem ainda outros dois empregos para completar o orçamento”, salienta o líder sindical.
A estimativa é a de que, até o final da próxima semana, a pauta de reivindicações já esteja nas mãos de todos os representantes patronais do setor.