Imunizante Nirsevimabe substituirá o Palivizumabe e ampliará a proteção infantil contra o VSR, segundo Priscilla Amaral
A coordenadora da Central de Vacinas de Uberaba, Priscilla Amaral, afirmou, em entrevista à Rádio JM, que o município deve receber em breve o Nirsevimabe, um anticorpo monoclonal utilizado para a prevenção da doença do trato respiratório inferior, causada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em bebês e crianças prematuras. O imunizante chegará por meio do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRI) e substituirá o Palivizumabe e ampliará a proteção de bebês e crianças prematuras.
Segundo Amaral, o Nirsevimabe é uma das novas ferramentas que o Ministério da Saúde incorporará para reforçar a prevenção ao VSR, vírus responsável por bronquiolite, pneumonia e quadros respiratórios graves em recém-nascidos. Fabricado pela Sanofi, o imunizante é aplicado em dose única e será destinado especialmente a bebês prematuros ou crianças que, mesmo com a vacinação das gestantes pela Abrisvo, não desenvolveram resposta imunológica adequada.
A coordenadora explica que a nova vacina substituirá o Palivizumabe, que geralmente envolve um regime de cinco doses mensais consecutivas e é utilizado apenas para bebês de alto risco. “Esse imunizante novo vem para tirar uma outra imunobiológica, que é aplicada, especificamente, até dois anos de idade. Estamos aguardando a chegada pelo CRI”, destacou, em entrevista ao programa Pingo do J.
Amaral reforça que a estratégia nacional busca reduzir drasticamente a circulação do VSR na primeira infância, faixa etária mais vulnerável às complicações. “Hoje, ele é o maior responsável por óbitos infantis até dois anos de idade e por grande parte das hospitalizações por problemas respiratórios. Então, de forma simples: existem vários vírus que levam a essas infecções, e a bronquiolite é o termo médico para uma delas, mas os principais causadores estão dentro desse grupo”, afirma.
Para a coordenadora, a ampliação do acesso a novos imunizantes — como o Nirsevimabe — e a conscientização crescente da população têm contribuído para recuperar índices vacinais. “As pessoas estão percebendo que os números mostram diferença. Muitas pessoas que duvidaram no primeiro momento já mudaram de opinião e têm buscado a imunização. Com isso, estamos voltando a repensar o assunto. A prevenção tem feito toda a diferença, para os adultos e, principalmente, para as crianças”, concluiu.