Já pensou num carro que custe operacionalmente R$ 0,05 por quilômetro rodado, que não polui e cujos custos de manutenção sejam mínimos e o barulho quase zero? Parece coisa de ficção, mas não é. Um protótipo de veículo elétrico já circula pelas ruas de Uberaba. O exemplar foi apresentado ontem ao prefeito Anderson Adauto e ao secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Franco Filho. Ambos se entusiasmaram com o projeto, desenvolvido em Uberaba pelo empresário, analista de sistema e engenheiro Maurício dos Santos Anjo. Em busca de apoio e incentivo para apresentar o empreendimento ao público, Maurício define detalhes para o lançamento, que deverá acontecer nas próximas semanas, no Parque Tecnológico de Uberaba, segundo informa João Franco. O secretário destaca a inovação do uberabense ao desenvolver a tecnologia, observando tratar-se de domínio público, ou seja, mecanismo não patenteado. A técnica de Maurício é voltada para quatro modelos da marca Fiat (Palio, Siena, Weekend e Strada), que recebem bem o projeto, em decorrência da compatibilidade de leiaute e espaço no porta-malas. Trata-se, conforme Franco, de um veículo urbano, com autonomia para 90 quilômetros. O custo de R$ 0,05 por quilômetro equivale à metade dos gastos com uma moto. “O governo municipal tem uma política forte de incentivo e motivação ao empreendedorismo, visando, principalmente, à geração de emprego e renda em nossa cidade. Já acatamos o pedido de Maurício e vamos promover o lançamento deste carro elétrico”, compromete-se João Franco. O projeto. Segundo Maurício, o projeto foi desenvolvido através de parceria e a execução do primeiro exemplar demandou cerca de três meses. Testado e aprovado pelo Inmetro, na segunda-feira, 11, a intenção agora é comercializar a tecnologia, com capacidade para adaptação de 20 veículos por mês. O custo, que gira em torno de R$ 29 mil, segundo o empreendedor, é compensado ao longo de um ano e meio a dois anos de uso. Segundo ele, este será o primeiro carro elétrico comercial do País. Cinco já estão circulando pelo Brasil, mas todos de iniciativas particulares. Perguntado se acredita que haverá demanda, Maurício mostrou-se mais que otimista, dizendo que acredita na formação de filas em busca da adaptação e, além dos benefícios de custo e ambientais, ressaltou a valorização do veículo ao proprietário.