VIOLÊNCIA CONTA A MULHER

Uberaba registrou neste ano 2,7 mil casos de violência contra a mulher

Levantamento da Polícia Civil de Minas Gerais indica que em todo o Estado foram 144,1 mil ocorrências, sendo que no município a média perfaz 7,74 casos por dia

Tito Teixeira
Publicado em 15/12/2023 às 19:29Atualizado em 15/12/2023 às 19:39
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A maior parte das ocorrências é de violência praticada por ex-marido ou ex-companheiro, mostra o levantamento (Foto/Reprodução)

Dados da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apontam que, de janeiro até a primeira quinzena de dezembro deste ano, 144.157 mulheres foram vítimas de algum tipo de violência no Estado. Além das destacadas violência psicológica e física, a violência patrimonial representou 4,3% dos abusos neste ano, seguida da violência moral (2,8%) e violência sexual (1,8%). 

Em Uberaba, no mesmo período foram 2.687 mulheres vítimas de algum tipo de violência, o que gera uma média de 7,74 casos por dia. O maior índice de violência registrado no município tem como autores o ex-cônjuge ou ex-companheiro, com 951 casos.

O balanço revelado pela PCMG aponta que o segundo maior número de casos de violência contra a mulher em Uberaba é praticado pelo cônjuge ou companheiro, com 934 casos, seguido por filho/enteado, com 248; pai/responsável legal, com 185; namorado, com 177, e irmão, com 134.

As outras formas de violência contra a mulher somam 58 casos, conforme os registros da PCMG.

Segundo a Polícia Civil, estão em pleno funcionamento, em Minas Gerais, 69 Delegacias de Atendimento à Mulher, tanto no interior quanto na capital, para atendimento às mulheres em situação de violência, incluindo casos de importunação ofensiva e violência doméstica e sexual. Em Uberaba, existe uma delegacia especializada no atendimento à mulher.

A Polícia Civil possui, também, o Dialogar – núcleo de facilitação ao diálogo. Por meio dele são realizadas práticas restaurativas de convivência, valorização da vida e dos direitos humanos, por meio de oficinas de reflexão e responsabilização dos autores de violência doméstica. O programa atua em parceria com o Tribunal de Justiça, que realiza os encaminhamentos compulsórios dos autores. Além disso, há o atendimento aos homens que comparecem voluntariamente ou são encaminhados por outras instituições. 

A Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica, serviço da Polícia Militar, foi o primeiro serviço preventivo policial militar da América Latina. É composto por um conjunto de procedimentos a serem executados após a identificação pela triagem das ocorrências registradas dos casos reincidentes e de maior gravidade de violência doméstica, que orienta o atendimento às vítimas reais e/ou potenciais, realiza visitas aos autores e faz os encaminhamentos da pessoa impactada à rede de atendimento que abrange as ações e serviços de setores como a assistência social, da justiça, da segurança pública e da saúde.

O Programa Mediação de Conflitos (PMC), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), atende em sua maioria mulheres, com aproximadamente 70% do público atendido. Ao intervir de forma preventiva e/ou no enfrentamento à violência contra a mulher, o programa esclarece direitos, media conflitos e intervém em busca da proteção da mulher que relata risco à sua vida. Esclarece, ainda, junto às mulheres, direitos relacionados ao ciclo da violência, como reivindicações de paternidade, pensão de alimentos, etc.

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