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Uberaba se mantém entre as cidades com mais óbitos no trabalho em Minas; veja ranking

Joanna Prata
Publicado em 03/09/2025 às 11:43
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Além das mortes, Uberaba já soma 338 notificações de acidentes de trabalho graves neste ano, ocupando a 14ª posição no ranking estadual de registros (Foto/Reprodução)

Além das mortes, Uberaba já soma 338 notificações de acidentes de trabalho graves neste ano, ocupando a 14ª posição no ranking estadual de registros (Foto/Reprodução)

Com um cenário que acende o alerta sobre a segurança no ambiente de trabalho, Uberaba ocupa a quarta posição entre as cidades mineiras com mais mortes registradas por acidentes de trabalho em 2025. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, já são 10 óbitos confirmados até 1º de agosto sendo sete no primeiro trimestre e três no segundo. A cidade fica atrás apenas de Belo Horizonte (15), Uberlândia (12) e Contagem (também com 10), empatando em um ranking preocupante. 

Além das mortes, Uberaba já soma 338 notificações de acidentes de trabalho graves neste ano, ocupando a 14ª posição no ranking estadual de registros. O índice de letalidade na cidade é de 0,03%, mas a recorrência de acidentes graves e fatais revela um problema persistente. Em 2024, por exemplo, Uberaba foi a terceira com mais óbitos (25), e em 2023, a quinta (19), mostrando que a cidade vem ocupando, com frequência, lugares indesejados nesse ranking. 

Uma análise dos últimos cinco anos revela uma constância preocupante: Uberaba nunca ficou fora do grupo das sete cidades com mais mortes no estado. Em 2020, foram oito óbitos (7ª posição); em 2021, subiu para 13 (3ª posição); em 2022, registrou 12 mortes (6ª colocada); em 2023, foram 19 (5ª posição); e em 2024, saltou para 25 (3ª colocada). Esse padrão mostra que o problema não é pontual, mas estrutural, exigindo medidas concretas de prevenção e fiscalização. 

Os trabalhadores mais afetados estão entre 30 e 49 anos, que juntos somam 162 vítimas de acidentes. A maioria das ocorrências envolve homens, que representam 70,41% dos casos. Entre as profissões mais atingidas estão pedreiros (64 casos), técnicos de enfermagem (34) e trabalhadores agropecuários (27). Outros grupos expostos incluem zeladores, motoristas de caminhão e motociclistas de entrega de documentos. 

A maior parte dos acidentes acontece dentro do ambiente de trabalho — 71,6% das ocorrências foram registradas dentro das empresas. As principais causas vão desde impacto por objetos lançados (37) até quedas, cortes com objetos e acidentes com motocicletas. Há ainda registros menos comuns, como contato com animais peçonhentos (12) e quedas de andaimes (10). 

As consequências desses acidentes são severas: 222 trabalhadores ficaram com incapacidade temporária para o trabalho, sete sofreram incapacidade parcial e, como já citado, dez perderam a vida. As lesões mais frequentes incluem traumas múltiplos (59), corpo estranho na córnea (13) e ferimentos em mãos e punhos. É um cenário que cobra respostas urgentes.

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