INCLUSÃO

Uberaba terá apresentação gratuita do projeto EN.CENA com participação de pessoas cegas e com baixa

Mostra cênica será realizada no dia 10 de dezembro, na quadra do ICBC, após cinco meses de oficinas formativa

Publicado em 07/12/2025 às 11:28
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Mostra cênica será realizada no dia 10 de dezembro, na quadra do ICBC, após cinco meses de oficinas formativa (Foto/Renata Reis)

Mostra cênica será realizada no dia 10 de dezembro, na quadra do ICBC, após cinco meses de oficinas formativa (Foto/Renata Reis)

O projeto EN.CENA, voltado à inclusão de pessoas cegas e com baixa visão no fazer teatral, terá apresentação gratuita no dia 10 de dezembro, às 10h, na quadra do Instituto de Cegos do Brasil Central (ICBC), em Uberaba. A mostra encerra o ciclo de oficinas formativas promovidas ao longo de cinco meses, com apoio do Edital de Chamamento Público nº 01/2024 da Política Nacional Aldir Blanc. 

Durante a Temporada Corpófera de 2024, a atriz e produtora Danielen Brandão experimentou a inclusão de audiodescrição em um espetáculo, experiência que a motivou a criar o EN.CENA. Segundo ela, o projeto nasceu do desejo de ampliar o acesso de pessoas cegas e com baixa visão ao teatro e de atender a um pedido do ICBC para que esse público também pudesse vivenciar a cena como protagonista. 

As oficinas foram realizadas semanalmente no ICBC, com duas formações preparatórias destinadas à equipe: uma ministrada por Paula Wenke, criadora do “Teatro dos Sentidos”, e outra conduzida por Kate Árabe, voltada às técnicas de audiodescrição e acessibilidade. Ao todo, 20 assistidos participaram das atividades, que tiveram 1h30 de duração cada. 

A mostra final será aberta à comunidade e marca a estreia dos participantes no palco. O projeto busca consolidar práticas artísticas inclusivas, incorporando recursos como Libras e audiodescrição nos processos de criação. 

A idealizadora, Danielen Brandão, é atriz, produtora cultural e psicóloga, com trajetória iniciada em 1997. Formada em Teatro pela Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música (FAFI), fundou em 2015 o coletivo Flores Nômades e desenvolve pesquisas sobre violência contra a mulher e práticas artísticas socialmente engajadas. É também mestra em Psicologia Institucional e fundadora do Espaço Mulheridades, em Uberaba. 

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