CIDADE

UPA do bairro Abadia fica lotada e usuários reclamam da espera

Desde sexta-feira, o deficiente visual José Maria Camargos espera por resposta às constantes febres e dores de cabeça

Mônica Cussi/PMU
Publicado em 01/02/2011 às 23:45Atualizado em 20/12/2022 às 01:55
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Desde sexta-feira, o deficiente visual José Maria Camargos espera por resposta às constantes febres, dores de cabeça e dores no corpo que vem sentindo. Na sexta-feira (28), ele procurou a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Abadia e conta que não chegou a ser atendido por um médico e voltou para casa com indicação de uma enfermeira para tomar um antitérmico.

No sábado, ele voltou à UPA, e chegou às 11h30, sendo que o registro dele no sistema da Secretaria de Saúde só foi feito às 14h30. Ele conta que até as 23h, horário em que saiu do local, ele foi atendido por três médicos. “A primeira médica que me atendeu disse que eu estava com pneumonia, a outra, mais tarde, disse que eu estava com uma infiltração no pulmão e o médico mais tarde, disse que era uma virose. Não estou com diarreia!”, diz revoltado.

Ontem (31), José Maria ainda estava intercalando remédios, de quatro em quatro horas, para abaixar a febre de 40º. “O prefeito disse no rádio que a saúde pública está ótima. Está ótima para ele que tem plano. E em Uberaba parece que todo mundo que passa mal tem virose”, completa.

A reportagem do Jornal da Manhã foi até o local, nessa segunda-feira, e confirmou a superlotação. Pessoas que estariam na fila desde as 9h, ainda não tinham sido atendidas no meio da tarde. Fila, pessoas nos corredores, como a dona-de-casa Claudete Francisca de Jesus Silva, que estava passando mal.  “Estou vendo que vou sair daqui à noite, tem gente que chegou às 10h e está até agora!”, e conta que já esteve na UPA várias vezes, sendo que, em uma das vezes, levou o marido para consultar às 8h e saiu de lá às 10h30. A alegação, segundo ela, é a mesma de sempre: não tem médico.

A Secretaria de Saúde informou que na sexta-feira e no sábado, o número de médicos na UPA do bairro Abadia estava normal, com cinco profissionais em todos os turnos. A coordenadora da UPA, Rosa Maria Santos Pereira, conta que nesses dois dias todas as pessoas da fila foram atendidas, sendo que na sexta não teve o registro de entrada de José Maria. No sábado, ela informou que ele ficou no atendimento até a noite, esperando os exames e foi constatado pelo médico de plantão que não havia nada de anormal nos resultados.

A diretora de Atenção Especializada, Cristina Strama, admite que existe mesmo uma grande demanda para esses locais, mas que as pessoas procuram as UPAs, quando poderiam resolver os casos mais simples nas Unidades Básicas de Saúde. E enfatiza que as UPAs dão prioridade aos atendimentos de urgência e emergência.

Às segundas-feiras, ela também já notou movimentação maior na UPA e ontem mesmo, quando a reportagem esteve lá, de acordo com ela, tinham seis médicos trabalhando, um a mais do que se tem normalmente. Até as 17h, já tinham sido atendidas cerca de 300 pacientes.

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