CIDADE

UPA lotada causa revolta em doentes

Segunda-feira lotada na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Abadia. Vários usuários procuraram a redação do JM

Thassiana Macedo
Publicado em 22/06/2010 às 23:38Atualizado em 20/12/2022 às 05:48
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Segunda-feira lotada na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Abadia. Vários usuários procuraram a redação do Jornal da Manhã para relatar demora no atendimento, precariedade e maus-tratos por parte das recepcionistas.

Entre elas, a aposentada Maria de Lourdes Silva, que caiu no banheiro de sua casa e precisou solicitar atendimento médico na UPA. Segundo Lourdes, ela deu entrada na unidade por volta das 8h30 da manhã e aguardava até as 17h por um atendimento, ou mesmo informações. De acordo com a aposentada, fato que foi comprovado pela redação, muitas pessoas se encontravam deitadas ou sentadas pelo chão da UPA, em função do estado de saúde debilitado. “Sou hipertensa, estou sem almoço. Teve gente chegando de carro novo e que foi atendida antes de quem já está aqui esperando a muito mais tempo. Tem criança e adulto misturado e se a gente pede informação, nos tratam mal. Isto aqui está uma vergonha”, desabafa.

De acordo a diretora de Atenção Especializada da Secretaria de Saúde, Cristina Estrama, das 7h às 17h chegaram ao posto cerca de 322 pessoas, e até as 18h já haviam entrado mais 12. “No horário informado haviam pessoas esperando somente a partir das 14h e não desde a parte da manhã. Durante esse primeiro período estávamos com o quadro completo de profissionais, com quatro médicos. Mas é bom esclarecer que a UPA é uma unidade de urgência e emergência. É compreensível que se chegar alguém com esse perfil, ele seja atendido com prioridade”, explica Cristina.

João Batista de Andrade, morador do bairro, levou a filha que havia sido atropelada de manhã. “Ela chegou a ser atendida, mas precisava fazer um raio X no pé, por suspeita de fratura e não tem maca, nem cadeira de rodas para levá-la ao prédio que fica aqui ao lado, onde fica a ortopedia. Disseram que só com ambulância e o médico vai chegar só as sete da noite”, conta. A diretora afirma que não há falta de maca, nem de cadeiras. O protocolo é que não permite o encaminhamento do paciente em via pública sem o auxílio da ambulância. “É um cuidado que temos que ter.. Transportar uma pessoa de maca ou cadeira de rodas pelo passeio é falta de dignidade, além disso, a pessoa pode enfrentar novos riscos”, completa Cristina Estrama. “Toda segunda-feira passamos por este problema, temos acompanhando isso, mas não sabemos explicar porque. Quanto ao atendimento das recepcionistas vamos verificar o que aconteceu e promover uma capacitação para evitar o problema”, afirma a diretora.

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