Uberabense que necessita de uso contínuo de medicamentos para tratamento psiquiátrico está há quatro meses sem consegui-los através da Secretaria de Saúde. Por não conseguir os remédios gratuitamente, o paciente tem tido problemas financeiros por comprometer o orçamento familiar com os gastos com farmácia.
De acordo com o homem, que não quis se identificar, há mais de quatro anos faz tratamento com médico psiquiatra que atende pela Unidade Básica de Saúde (UBS) e necessita constantemente de dois medicamentos: venlafaccina e clonazepam (Rivotril). Inclusive, na época, entrou com processo administrativo para poder retirá-los junto Secretaria de Saúde. Porém, desde fevereiro não encontra os remédios nas farmácias da secretaria.
Ele ressalta que mantém os impostos em dia e tem direito à gratuidade por lei e nesse caso não vai deixar o problema de lado. “Como não posso ficar sem os remédios, estou sendo obrigado a comprar, mas principalmente a venlafaccina, é muito cara e, conforme a receita médica, tomo duas caixas, com 30 cápsulas cada, por mês, além do clonazepam. Eu não poderia ter esses gastos”, afirma.
De acordo com assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, a venlafaccina não faz parte dos itens fornecidos na farmácia básica. Trata-se de medicamento excepcional e, como já foi anunciado anteriormente, o contrato com o fornecedor dos medicamentos excepcionais terminou no fim do ano passado. Compra emergencial foi providenciada em janeiro, mas o estoque acabou. Por isso houve interrupção na entrega do remédio. Em paralelo, novo processo licitatório foi aberto e agora está em fase de conclusão para contratar empresa e regularizar a distribuição aos usuários que retiram a medicação na secretaria. Já o clonazepam (Rivotril) está entre os itens que estão sendo abastecidos nas farmácias básicas e já estarão com a distribuição regularizada nos próximos dias.