Oito ipês plantados na avenida Apolônio Sales, no entorno do Parque Fernando Costa, foram, pela segunda vez em menos de um mês, alvos da ação de vândalos. As árvores com cerca de dois metros de altura haviam sido posicionadas no local em substituição às plantas da mesma espécie que haviam sido arrancadas no dia 27 do mês passado. Na ocasião, moradores e comerciantes do entorno mobilizaram-se para garantir que o replantio fosse realizado.
“São plantas lindas e que fazem sombra, além do mais, temos que ter consciência ambiental, pois um crime assim é injustificável”, afirma a empresária Camille Cristina Ferreira, uma das pessoas que, como protesto, colocaram uma lona preta sobre as árvores que foram danificadas na primeira vez. “Isso não deve ficar assim e, se o poder público não tratar disso, vamos nos reunir e cobrar mais uma vez”, promete.
Entretanto, se depender do Departamento de Recursos Ambientais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a expectativa é a de que novos protestos não sejam necessários, pois, segundo o diretor José Sidney da Silva, o replantio das árvores ocorrerá, embora ainda não haja data marcada para a atividade.
De acordo com ele, o problema constitui um caso incomum de vandalismo, já que, na maioria das situações que envolvem crimes ambientais, o número de árvores atingidas raramente é superior a um. “Esse é um caso mais complicado porque oito árvores foram destruídas sem que ninguém visse, sem testemunhas”, considera o diretor. A polícia ainda não tem pistas sobre os autores do ataque.
Para José Sidney, a atuação da recém-criada Central de Fiscalização da PMU, programada para iniciar suas atividades no dia 1º de agosto, poderá inibir infrações desse tipo.